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Funcionários de shopping em SP protestam contra novo horário de funcionamento
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DE SÃO PAULO
O Sindicato dos Comerciários de São Paulo bloqueou com uma carreta de 30 metros de comprimento, neste domingo, a entrada do estacionamento do shopping Villa Lobos, zona oeste de São Paulo, e impediu a abertura do shopping, em protesto contra o aumento da jornada de trabalho aos fins de semana.
CET libera trecho da marginal Pinheiros interditada para manifestação em SP
Manifestação bloqueia entrada no shopping Villa Lobos
Segundo Ricardo Patah, presidente do sindicato, uma assembleia com os funcionários do shopping foi feita hoje depois de um abaixo-assinado conseguir 800 adesões contra a antecipação da abertura das lojas, das 14h para as 11h, aos domingos.
"Recebemos reclamações dos empregados e dos próprios lojistas. É um absurdo o que o shopping está fazendo. Os trabalhadores desse setor já trabalham 52 horas por semana, contra 44 horas das demais categorias. Não deixamos abrir hoje. É uma coisa grave", disse Patah.
Houve empurra-empurra e a Polícia Militar foi chamada para conter os ânimos.
A CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) também teve de intervir para controlar o trânsito na região. A caminhada começou na marginal Pinheiros, em frente ao shopping, e seguiu pela avenida Arruda Botelho, onde uma faixa foi interditada. A liberação ocorreu por volta das 13h50, segundo a companhia. Não houve registro de trânsito na região.
MANIFESTAÇÃO
O sindicato diz não ter impedido a entrada dos clientes, mas, com as lojas fechadas, quem entrava saía logo em seguida.
A assembleia e o bloqueio, que começaram às 11h e terminaram às 14h, de acordo com Patah, reuniram 1.500 empregados do shopping, entre vendedores e funcionários de apoio. A CET havia informado que 500 pessoas teriam participado da manifestação.
"Querem escravizar os trabalhadores, não vamos permitir de maneira nenhuma. Se não houver negociação, no próximo domingo, mesmo com a eleição, não vamos deixar o shopping abrir de novo. Os empregados não querem, em hipótese alguma, ampliar a carga horária", afirmou o presidente do sindicato. A entidade diz que não haveria aumento da remuneração nem pagamento de hora extra pelo tempo a mais trabalhado.
Em nota, o shopping informou que "a ampliação do horário de funcionamento das lojas aos domingos está de acordo com a legislação vigente, que regulamenta o trabalho do comércio aos domingos, bem como com o acordo coletivo do sindicato".
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