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Acusado de estuprar quatro mulheres é condenado a mais 28 anos de prisão em MG
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FILIPE MOTTA
DE SÃO PAULO
A Justiça condenou o pintor Marcos Antunes Trigueiro, 32, a 28 anos de prisão em regime fechado, nesta quinta-feira. Ele é acusado de estuprar e matar quatro mulheres da região metropolitana de Belo Horizonte entre janeiro e novembro de 2009.
O julgamento de hoje foi relativo a um dos casos. Ele respondeu aos crimes de homicídio triplamente qualificado, estupro e furto contra uma mulher na região noroeste de Belo Horizonte.
Foi o segundo julgamento de Trigueiro. Em junho, ele havia sido condenado a 34 anos e quatro meses de prisão por homicídio de uma das mulheres, estupro, furto e por expor a vida de uma criança a perigo.
Os outros dois casos ainda serão julgados.
Segundo o Tribunal de Justiça, ao ser questionado hoje pelo juiz se lembrava da vítima e dos fatos, o pintor disse que não se recordava bem do que havia ocorrido no dia do incidente. No entanto, insistiu que não havia roubado o celular da mulher.
De acordo com a denúncia do Ministério Público, no dia do crime, o homem simulou um assalto e obrigou a vítima a dirigir até uma área onde ela foi estuprada e asfixiada.
O promotor Herman Lott, que atua no caso, afirmou que Trigueiro é perigoso e seus atos provocaram um "aumento da sensação de insegurança" na época dos crimes.
DEFESA
O advogado de defesa, Rodrigo Bizzotto Randazzo, irá recorrer da decisão de hoje. Para ele, Trigueiro deveria ser julgado por estupro seguido de morte --ele considera o furto do celular insignificante. Com isso, a pena poderia ser reduzida de oito a dez anos, diz.
Randazzo ainda trabalha com a possibilidade de anular os dois julgamentos com a elaboração de um laudo técnico que ateste que Trigueiro seja psicopata.
Para o advogado, com isso seu cliente seria inimputável --não poderia ser julgado como uma pessoa comum-- e caberia somente uma medida de segurança contra ele.
O réu aguarda o julgamento dos dois recursos preso na penitenciária Nelson Hungria, em Contagem.
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