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Maranhão reapresenta programa para fazer testes de HIV em escolas
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SÍLVIA FREIRE
DE SÃO PAULO
A Secretaria da Saúde do Maranhão reapresentou nesta quinta-feria o programa que oferece a adolescentes de escolas públicas do Estado o teste de diagnóstico rápido de HIV. Pela proposta, o exame será feito nas escolas sem o conhecimento dos país.
Secretaria suspende testes de HIV em escolas do Maranhão
Alunos de 15 anos fazem teste de HIV em escolas do MA
No início deste ano, a secretaria disponibilizou os testes em quatro escolas de São Luís. A coleta do material e a entrega do resultado eram feitas na local de ensino, em 15 minutos, sem que os pais ou responsáveis fossem consultados. Após repercussão negativa, a secretaria suspendeu o programa.
Agora, por orientação do Ministério Público do Estado, a secretaria vai submeter o programa a uma consulta pública, que ficará aberta por 30 dias. A partir de hoje, a população poderá opinar e apresentar sugestões sobre a proposta pelo site www.saudenaescola.ma.gov.br.
A nova proposta mantém a coleta da amostra na escola, mas prevê a entrega dos resultados em unidades de saúde e não mais no ambiente escolar.
Segundo Sônia Ferreira, coordenadora do programa Saúde e Prevenção nas Escolas, a entrega dos resultados na escola foi um ponto questionado nas duas audiências públicas feitas pela Promotoria da Infância e Juventude, pois pode causar constrangimentos aos alunos.
Ela afirmou que a realização do teste pelos adolescentes sem a ciência dos país foi bem aceita nas audiências.
"Espero que a população seja favorável ao programa. Nossa proposta é fazer com que os jovens e adolescentes tenham acesso ao exame", disse a coordenadora.
Os jovens e adolescentes, em geral, não procuram, diz ela, os serviços de saúde e não realizam o teste. O objetivo do programa é evitar o diagnóstico tardio da Aids, que reduz a sobrevida.
Em fevereiro, o programa Saúde e Prevenção nas Escolas realizou 299 testes. Nenhum teve resultado positivo.
O programa apresentado pela secretaria prevê uma etapa inicial de sensibilização sobre a importância do teste e da prevenção, com oficinas e palestras envolvendo alunos, professores e pais e um aconselhamento individual.
Nessa etapa inicial, profissionais poderão avaliar a situação emocional, sociocultural e a vulnerabilidade dos adolescentes. A coleta será feita nas escolas uma vez por mês por profissionais especializados.
A partir das críticas e sugestões apresentadas na consulta pública, a secretaria deverá fazer adaptações ou até abandonar no programa.
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