Após reunião com governo, grupo sem-teto decide ficar acampado em praça no Morumbi

A reunião que ocorreu na tarde desta quarta-feira entre representantes do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto) e da CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano), no Palácio dos Bandeirantes (sede do governo de São Paulo), terminou em impasse.

Sem-teto fazem marcha até Palácio dos Bandeirantes, em São Paulo
Grupo sem-teto é recebido por representante da CDHU na sede do governo de SP

Sem conseguir suspender a reintegração de posse de um imóvel em Taboão da Serra (região metropolitana), os sem-teto decidiram ficar acampados na praça Roberto Gomes Pedrosa, perto do Palácio. A coordenação do movimento informou que 900 famílias estão alojadas em Taboão há cerca de oito meses.

A assessoria de imprensa do Palácio dos Bandeirantes informou que a área é "inviável para projetos de habitação de interesse social, pois está situada em região muito valorizada no município".

Os manifestantes queriam, ainda, obter o compromisso do governo para agilização de obras de assentamento. Segundo o Palácio dos Bandeirantes, a CDHU já tem projetos prontos (ainda não licitados), para a construção de moradias em Embu, Itapecirica da Serra e Taboão da Serra.

Segundo Guilherme Castro, membro da coordenação do MTST, lonas e colchões já chegaram à praça onde o grupo está acampado. Eles afirmam que permanecerão no local por tempo indeterminado.

O MTST estima que cerca de 1.200 integrantes do movimento estão na região. Porém, por conta de um acordo com a Polícia Militar, apenas 250 deles ficarão na praça. PM não confirmou o acordo, e estima em 650 pessoas o número de manifestantes.

A CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) informou que não há bloqueio de ruas, e o trânsito é normal na região do Morumbi, onde fica a sede do governo do Estado.