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Cresce número de famílias chefiadas por mulheres no país, segundo Ipea
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DE SÃO PAULO
O número de famílias chefiadas por mulheres cresceu oito pontos percentuais entre 2001 e 2009 no Brasil, de acordo com comunicado divulgado nesta quinta-feira pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada).
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O estudo, feito com base base nos dados da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), aponta que passou de 27%, em 2001, para 35%, em 2009, as famílias brasileiras que têm uma mulher apontada como responsável pelo domicílio. Em termos absolutos, são 21,9 milhões de famílias chefiadas por mulheres.
O crescimento foi apontado em todas as regiões do país, mas, segundo o Ipea, é tipicamente urbano.
De acordo com o instituto, o crescimento está associado a diversos fatores: queda da fecundidade, redução do tamanho das famílias, maior expectativa de vida para as mulheres em relação aos homens, envelhecimento populacional, entre outros.
Outro fator importante, na interpretação dos pesquisadores, foi a introdução do conceito de "pessoa de referência" em substituição a "chefe do domicílio" nos questionamentos da Pnad --ocorrida em 1995. "Foi um salto importante, pois a noção de chefia, pela matriz cultural dominante, poderia ser mais facilmente atribuída à figura masculina do domicílio, marido ou pai", diz o comunicado.
Em 2009, com a mulher como chefe, 17% das famílias eram formadas por mulheres com filhos, 7% por casais com filhos e 2% por casais sem filhos. No caso dos chefes homens, 2% das famílias eram formadas por homens com filhos, 41% por casais com filhos e 15% por casais sem filhos. Outras situações somam 16%.
O estudo aponta que os homens, independentemente de sua posição na família, em geral ocupam melhores posições no mercado de trabalho do que as mulheres. Mas, nos casos em que a mulher é responsável pela família e tem marido, ela apresenta uma situação comparativamente melhor em relação às demais mulheres.
Ao comparar o tempo médio gasto nos afazeres domésticos e o tempo dedicado ao trabalho remunerado, o Ipea concluiu que a maior jornada é desempenhada pelas mulheres chefes de família que têm companheiro e filhos. Elas trabalham no mercado e garantem renda para a casa, mas também dedicam seu tempo aos cuidados com a casa e com os filhos. O resultado são jornadas de 66,8 horas de trabalho por semana, em média. No caso dos homens na mesma situação, a jornada é de 54,5 horas.
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