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17/11/2010 - 21h15

Polícia deve ouvir nesta 5ª militar suspeito de atirar contra jovem após Parada Gay

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DIANA BRITO
DO RIO

O delegado titular da 14ª DP (Leblon), Fernando Veloso, vai ouvir na manhã desta quinta-feira (18) um dos militares do Exército suspeitos de atirar num jovem de 19 anos na noite de domingo (14) após participar da Parada Gay no Rio. Segundo o estudante, o autor do disparo foi um militar, que teria, com outros dois colegas de trabalho, hostilizado um grupo de homossexuais.

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Na ocasião, o tiro atingiu seu abdome, mas não perfurou nenhum órgão vital. O Exército, que inicialmente divulgou nota descartando qualquer envolvimento, afirma que vai ajudar nas investigações e pediu à polícia que os militares sejam ouvidos no Forte de Copacabana, na zona sul.

"Há informações de que ocorreram extorsões no parque Garota de Ipanema, mas não temos registros disso. Agora, isso não me interessa, o que me interessa é saber quem deu o tiro na vítima. Por isso, peço que as pessoas denunciem. Uma das maiores dificuldades dessa investigação é que as pessoas que frequentam aquele local não querem que ninguém saiba que elas estiveram ali, que notoriamente é uma área conhecida como ponto de encontros para atos libidinosos, até por suas características, no meio de uma mata", disse o delegado à Folha.

No dia do crime, o estudante contou à polícia que, após a Parada Gay, em Copacabana, foi com dois amigos para o parque Garota de Ipanema, no Arpoador.

O local estava fechado e eles entraram por uma abertura nas grades. Segundo o estudante, havia cerca de 15 jovens no parque, todos homossexuais, namorando.
A área não é de responsabilidade militar, mas fica ao lado do Forte de Copacabana. Por volta da meia-noite, diz o rapaz, três militares fardados abordaram o grupo e pediram a identificação dos jovens. Em seguida, passaram a hostilizá-los e um dos rapazes foi atingido por um tiro.

Veloso disse que estuda com a Prefeitura do Rio uma forma de evitar outros crimes no parque. "As pessoas invadem o lugar, que é ermo e isolado, durante a madrugada", afirmou.

A vítima e testemunhas também farão o reconhecimento dos militares através de fotos cedidas pelo Exército. A Folha tentou contato com o Comando Militar do Leste e com a prefeitura, mas a publicação deste texto não havia recebido retorno.

 

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