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Fernanda de Azevedo Marques (1983-2010) - As andanças vagarosas de Fervai
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ESTÊVÃO BERTONI
DE SÃO PAULO
Se uma reunião de amigos fosse convocada, a probabilidade de Fernanda de Azevedo Marques estar presente seria de 100%. Ouvia-se tanto que "a Fer vai" a esse ou a aquele encontro, que ela acabou apelidada de Fervai.
Natural de Campinas (SP), Fernanda se formou em letras em 2005, pela Unesp de Assis. Era apaixonada por literatura por culpa das obras que o pai, economista, tinha em casa. Foi ele quem lhe mostrou Machado de Assis.
Atualmente, ela só queria saber do escritor Mia Couto.
Também adorava inglês. O gosto pelo idioma, porém, ela pegou de forma um pouco traumática. Quando estava na sétima série, Fervai foi muito mal em português e inglês e repetiu de ano. Por isso, começou a estudar inglês com uma professora particular e ficou vidrada na língua.
Depois de formada, deu aulas na Wizard e ensinou português para executivos.
No ano passado, decidiu prestar vestibular para museologia, em Salvador. Dizia odiar museus. Questionada sobre por que então escolhera o curso, respondia: "Para deixá-los menos chatos".
Foi aprovada, só que teve de desistir. Em março, descobriu ter uma hipertensão pulmonar, doença sem cura que sobrecarrega o coração.
Sem poder fazer esforço e encontrar amigos como antes, criou o "Andanças Vagarosas" (www.andancasvagarosas.wordpress.com), um blog só sobre a doença.
Espirituosa, tratava a situação com bom humor.
Na segunda, não resistiu e morreu, aos 27. A missa de sétimo dia será amanhã, às 8h, no santuário Menino Jesus de Praga, em Campinas.
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