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01/12/2010 - 20h59

Polícia explode casamata do tráfico no Rio; denúncia leva a mais drogas e armas

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DA AGÊNCIA BRASIL
DE SÃO PAULO

Policiais militares do Bope (Batalhão de Operações Especiais) explodiram nesta quarta-feira uma casamata construída pelos traficantes da Vila Cruzeiro, na Penha (zona norte do Rio). O local, descoberto durante a ocupação da comunidade na semana passada, servia como ponto de observação dos criminosos.

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Os muros tinham aberturas circulares, onde os traficantes colocavam os fuzis para atirar nos policiais, com uma visão ampla dos principais acessos ao morro.

As equipes das polícias Civil e Militar continuaram hoje com as apreensões de drogas nos morros que integram o Complexo do Alemão, a maioria por meio de denúncias dos moradores da região.

No lugar conhecido como Coqueiral, na parte alta do morro do Alemão, os policiais militares encontraram um lança-rojão, usado para destruir carros blindados. A arma estava dentro de uma casa e embrulhada em um saco plástico.

Na mesma região, outra equipe de policiais encontrou no interior de uma galeria de esgoto 200 kg de maconha e cadernos com anotações sobre o controle e venda de drogas. Ao mesmo tempo, agentes da Polícia Interestadual e de Capturas (Polinter) apreenderam dois fuzis, carregadores e 30 kg de cocaína pura no morro da Fazendinha.

As armas e a droga estavam escondidas dentro da parede de uma casa na rua Relicário. Na mesma comunidade, policiais militares acharam 1 tonelada de maconha, na localidade conhecida como Zona do Medo.

A maconha estava no subsolo de uma casa abandonada. Uma anotação indicava que parte da droga tinha sido separada para ser distribuída para a Favela de Antares, em Santa Cruz, na zona oeste, controlada pela mesma facção criminosa. Na rua Canitá, principal acesso ao Morro da Fazendinha, a Polícia Civil recolheu 50 quilos de maconha, abandonados perto de um carro estacionado.

INCINERAÇÃO

A droga apreendida desde o último domingo nas favelas do Complexo do Alemão e na Vila Cruzeiro começou a ser incinerada na tarde desta quarta na CSN (Companhia Siderúrgica Nacional), em Volta Redonda.

Estão sendo incineradas 33 toneladas de maconha, 235 kg de cocaína, 27 kg de crack e 1.406 frascos de lança-perfume.

Joel Silva/Folhapress
Policiais militares mostram bazuca apreendida no Complexo do Alemão, zona norte do Rio de Janeiro
Policiais militares mostram bazuca apreendida no Complexo do Alemão, zona norte do Rio de Janeiro

RECLAMAÇÕES

Pela primeira vez após a ocupação do Complexo do Alemão pelas forças policiais e militares, o secretário de Segurança do Estado, José Mariano Beltrame, caminhou pela comunidade na tarde desta quarta-feira. Ele ouviu queixas da população sobre a atuação da polícia em revistas a casas durante a ocupação da favela. O secretário disse que todas as denúncias de abusos de policiais serão investigadas.

Além de ouvir as reclamações, o secretário reforçou o apelo aos moradores para colaborarem com informações. "É uma área imensa. As pessoas têm de colaborar. É uma troca. Problemas podem acontecer, mas o que interessa é o objetivo final, que é devolver esse território à população."

A diarista Cleonice Madalena reclamou de um PM grande e careca que teria levado o seu dinheiro durante uma revista na sua casa. Beltrame respondeu que vai apurar todos os casos trazidos pelos moradores.

Um carro de som circulava hoje pelo local divulgando o telefone do Disque-Denúncia e da corregedoria da polícia.

O complexo foi ocupado domingo (28), com o apoio das Forças Armadas. Na quinta-feira (25), policiais já tinham entrado na Vila Cruzeiro, favela vizinha ao complexo. As ocupações ocorreram após uma série de atentados ocorridos na cidade, que resultaram em mais de cem veículos queimados.

Hoje, policiais militares encontraram uma bazuca do Exército que estava numa casa do Coqueiro, localidade do Complexo do Alemão.

 

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