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05/12/2010 - 14h00

Após operação policial, igreja da Penha tem missa lotada neste domingo no Rio

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JANAINA LAGE
DO RIO

Uma semana após a ocupação policial do Complexo do Alemão, na zona norte do RIo, a missa das 8h30 deste domingo na igreja da Penha estava lotada.

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Uma das mais tradicionais igrejas da cidade, construída no topo de uma rocha de 111 metros de altura, a igreja chegou a ser usada antes como ponto de monitoramento por traficantes. Do alto do pátio é possível avistar as favelas da Vila Cruzeiro e as que compõem o Complexo do Alemão.

No domingo passado, a missa reuniu pouco mais de dez fiéis, que ouviram o sermão com o som de helicópteros sobrevoando a região.

Neste domingo, com todos os bancos e laterais da igreja lotados, e a presença de muitas crianças, o sermão foi sobre a proximidade do Natal e o seu significado para os católicos.

Ao final, o padre Elias sugeriu aos fiéis que comprassem cartazes com o texto: "Jesus está nascendo na nossa família". Ele recomendou que eles fossem pendurados logo na entrada das casas "para todo mundo ver que a paz está chegando na sua comunidade".

A acompanhante de idosos, Fernanda da Silva, 30, voltou a levar o filho Harison, de 9 anos, para acompanhar a missa. Moradora da região, ela não vinha à missa há meses. "A pacificação vai trazer os fiéis de volta. Essa região ficou muito marcada pelo que fizeram com o Tim Lopes, mas agora os turistas vão voltar para conhecer a igreja", disse.

Ela se referia ao assassinato do jornalista Tim Lopes, que desapareceu no dia 2 de junho de 2002 na Vila Cruzeiro. Ele foi levado para o morro da Grota, no Complexo do Alemão, onde foi esquartejado e queimado em pneus por traficantes ligados a Elias Pereira da Silva, o Elias Maluco.

O pároco local, Serafim Fernandes, avaliou que a igreja passará a receber mais fiéis. "Hoje já se nota um movimento bem superior aos últimos domingos. Já ouvi testemunhos de pessoas que há anos desejavam conhecer o santuário", disse.

 

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