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Ministério Público investiga morte de criança em hospital da Paraíba
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JEAN-PHILIP STRUCK
DE SÃO PAULO
O Ministério Público da Paraíba abriu investigação para apurar se houve negligência no atendimento de uma criança de um ano que morreu num hospital de Campina Grande, segunda maior cidades do Estado, na segunda-feira (6).
Mayana Beatriz Silva chegou ao Hospital Regional de Emergência e Trauma de Campina Grande em estado grave na manhã de segunda-feira, após ter aspirado um objeto.
Segundo o Ministério Público, a menina deveria passar por uma cirurgia de emergência para a retirada do objeto, mas a operação não ocorreu porque não havia nenhum anestesista atendendo no hospital.
Com a falta de profissionais, um procedimento mais simples foi feito pelos médicos. A criança acabou não resistindo e morreu no início da tarde do mesmo dia.
O Ministério Público afirma que até sábado passado, 28 anestesistas que atendiam no hospital, administrado pela Secretaria Estadual de Saúde, paralisaram as atividades porque seus contratos não haviam sido renovados e o pagamento dos três meses anteriores não havia sido efetuado.
Esses profissionais atuavam em esquema de cooperativa. O hospital conta com apenas três anestesistas efetivos, mas nenhum estava atendendo na manhã de segunda-feira, quando a menina chegou ao hospital.
A Promotoria afirma que solicitou a escala de plantão do hospital e pediu ao Conselho Regional de Medicina da Paraíba que abra uma sindicância.
Caso seja comprovada omissão, os dirigentes podem ser responsabilizados criminalmente por não terem disponibilizado anestesistas para auxiliar nas cirurgias.
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