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16/12/2010 - 19h25

Comissão apura suposto esquema de compra de votos na Câmara de Florianópolis

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RACHEL BOTELHO
DE SÃO PAULO

Um vereador de Florianópolis (SC) denunciou a existência de um suposto esquema de compra de votos na eleição da presidência da Câmara Municipal, realizada na terça-feira (14).

Em um vídeo divulgado na internet, João da Bega (PMDB), candidato derrotado na disputa pela liderança do Legislativo, afirmou que colegas teriam pedido R$ 230 mil por voto. Sem saber que estava sendo filmado, ele disse ainda que não foi eleito porque "faltou dinheiro para cobrir a proposta".

O vereador Jaime Tonello (DEM), eleito com 9 dos 16 votos, afirmou esperar que o caso seja investigado. "Ganhei a eleição num processo transparente. As denúncias só vieram à tona porque os outros foram derrotados", diz.

Em entrevista à Folha, Bega não quis apontar nomes dos vereadores que teriam, supostamente, pedido dinheiro. "Eu não sei se foi um teste para ver se eu estava usando esses métodos. Só sei que ele se deu mal."

Ao "Diário Catarinense", o prefeito Dário Berger (PMDB) acusou nominalmente dois vereadores de pedir verba. Segundo ele, o líder do governo no Legislativo, Asael Pereira (PSB), pediu, ainda segundo o jornal, R$ 300 mil para votar no candidato do PMDB.

De acordo com a publicação, Berger também disse que outro vereador, Ricardo Vieira (PC do B), pediu R$ 50 mil, além do pagamento de dívidas de campanha do partido.

A Folha procurou Berger, mas não conseguiu falar com ele. Sua assessoria afirmou que o prefeito estava em viagem.

A reportagem também tentou falar com Pereira e Vieira, mas não conseguiu.

COMISSÃO DE ÉTICA

Em reunião realizada na tarde desta quinta-feira, a mesa diretora da Câmara decidiu acionar o Conselho de Ética para apurar as denúncias.

Na sexta (17), a comissão se reunirá para definir os nomes dos vereadores que serão ouvidos. O conselho tem 60 dias para apresentar seu relatório, que será submetido para decisão do plenário.

Se os fatos forem confirmados, os vereadores acusados podem até perder seus mandatos.

Segundo a assessoria de imprensa da Câmara, o atual presidente da casa, vereador Gean Loureiro (PMDB), pediu ao Ministério Público de Santa Catarina que apure as denúncias.

Paralelamente, a Deic (Diretoria Estadual de Investigações Criminais) abriu um inquérito para investigar o caso. O delegado Cláudio Monteiro referiu-se às denúncias como "mensalão municipal" e afirmou que convocará todos os vereadores citados para depor.

 

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