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Justiça liberta PMs acusados de cobrar propina de atropelador de Rafael Mascarenhas
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DIANA BRITO
DO RIO
A Justiça do Rio revogou a prisão preventiva dos PMs Marcelo José Leal e Marcelo Bigon suspeitos de cobrar propina de Rafael Bussamra, 25, acusado de atropelar e matar o músico Rafael Mascarenhas, 18, filho da atriz Cissa Guimarães, em julho deste ano. Segundo os advogados de defesa, os policiais foram liberados no início da tarde desta sexta-feira do BEP (Batalhão Especial Prisional), em Benfica, zona norte do Rio.
Envolvidos em atropelamento têm condenação substituída por cestas básicas
PM expulsa acusados de pedir propina a atropelador
Imagens mostram carro que atropelou filho de Cissa
"Um dos motivos para a decretação da prisão deles teria sido uma suposta ameaça que o pai [do atropelador] disse ter sofrido por parte do sargento, mas como posteriormente ele [Roberto Bussamra] foi ouvido e não declarou ter recebido ameaça, o elemento que gerou as prisões perdeu valor", afirmou o advogado do cabo Bigon, Claudenor de Brito Prazeres.
A decisão favorável aos PMs foi decretada por unanimidade, no final da tarde de quinta-feira (16), pelos desembargadores da 5a Câmara Criminal Geraldo Prado, Roberto Távora e Luiz Felipe Haddad. "Durante o julgamento, o desembargador Prado disse que o réu que responde pelo crime de homicídio, bem mais grave, está em liberdade e os que respondem por crimes menos graves estão presos, então, estaria ocorrendo um contrassenso e por isso eles foram liberados", disse Prazeres.
Osvaldo Praddo-29.jul.10/Ag. O Dia | ||
Atriz Cissa Guimarães fez homenagem ao filho Rafael no túnel Acústico, no Rio, onde ele morreu atropelado |
Após o recesso da Justiça do Rio, de segunda-feira (20) até o dia 7 de janeiro de 2011, o advogado disse que pretende pedir a revisão da exclusão do cabo Bigon à Polícia Militar. Caso a pena militar seja revista, o policial poderá voltar para corporação em 2011.
"Houve um erro no processo administrativo. Eu apresentei uma defesa prévia e requeri algumas diligências e essa defesa não foi analisada. Não apresentei alegações finais e eles excluíram direto o meu cliente, ou seja, a pessoa ficou sem defesa. Vou buscar, agora, a anulação dessa exclusão", disse o advogado.
A Folha tentou contato com o advogado do sargento Leal, mas ele não foi localizado. A PM também não se manifestou sobre o suposto erro no processo administrativo do cabo Bigon. Na ocasião, os dois PMs teriam cobrado R$ 10 mil de propina para liberar o motorista Rafael Bussamra.
O CASO
Na semana passada, a Justiça do Rio aceitou, durante audiência, uma transação proposta pelo Ministério Público Estadual para que o estudante Gabriel Ribeiro, 20, --acusado de participar do "racha" com o colega Rafael Bussamra-- realize o pagamento de cestas básicas no valor de dez salários mínimos, R$ 5.100 no valor atual, e a retenção da carteira de habilitação dele durante um ano.
O irmão do atropelador, Guilherme Bussamra, recebeu punição menor: o pagamento do valor de cinco salários mínimos, R$ 2.550 no valor atual, em cestas básicas. Guilherme foi acusado de ocultar provas, ao levar, junto com o pai, o carro de Rafael para oficina logo após o acidente.
No dia 20 de julho, Ribeiro dirigia o carro que estava alinhado ao veículo de Rafael Bussamra no momento em que Mascarenhas --filho da atriz Cissa Guimarães-- foi atropelado no túnel Acústico, na Gávea, zona sul do Rio. Ele andava de skate na pista interditada do túnel quando dois carros surgiram, supostamente disputando um "racha". Um deles, a quase 100 km/hm atingiu o músico.
O juiz afirmou que a audiência de instrução para ouvir todos os envolvidos no atropelamento --inclusive os PMs acusados de cobrar propina-- será realizada em janeiro do ano que vem. Na data, ele irá decidir se Rafael Bussamra e seu pai, Roberto Bussamra, irão a júri popular.
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