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21/12/2010 - 19h03

TJ nega habeas corpus a suspeita de matar os pais em Santana de Parnaíba (SP)

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COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

O Tribunal de Justiça de São Paulo negou, nesta terça-feira, o pedido de habeas corpus impetrado pela defesa de Willians de Sousa, 33, e Roberta Tafner, 29. O casal é acusado de matar os pais dela, o empresário Wilson Roberto Tafner, 64, e a advogada Tereza Nogueira Cobra, 60.

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Para a concessão da liminar, a defesa do casal, segundo Tribunal de Justiça, alegou que os dois são réus primários, com bons antecedentes, possuem residência fixa e colaboram com as investigações.

O pedido, porém, foi negado pela 16ª Vara Criminal de Tribunal de Justiça. Segundo o despacho do desembargador Almeida Toledo, o crime pelo qual o casal responde é gravíssimo e praticado contra parentes, o demonstra periculosidade da dupla.

Além disso, o desembargador diz em seu despacho que a prisão do casal é "uma garantia da ordem pública e para segurança da aplicação da lei penal".

Como Roberta é advogada, a defesa do casal também solicitou ao Tribunal de Justiça que, caso o habeas corpus não fosse concedido, ela fosse transferida para uma sala de estado maior ou para prisão domiciliar.

A transferência também foi negada, segundo a assessoria de imprensa do Tribunal de Justiça. Na falta da sala, de acordo com o despacho, Roberta deverá ser mantida "em cela diversa e isolada dos presos comuns".

O mérito do habeas corpus ainda será julgado.

Fabio Braga-2.out.2010/Folhapress
Fachada da casa de casal morto a facadas em Santana de Parnaíba (Grande SP); filha é suspeita do crime
Fachada da casa de casal morto a facadas em Santana de Parnaíba (Grande SP); filha é suspeita do crime

PRISÃO

Os dois suspeitos foram presos na manhã do último dia 15 na casa da irmã de Willians, em São Bernardo do Campo (Grande SP).

O delegado Zacarias Katzer Tadros não entrou em detalhes, mas disse que os locais, trajetos e ligações feitas pelos dois suspeitos, apuradas com a quebra do sigilo telefônico, desmentem o que eles disseram em depoimento.

Para a polícia, Willians foi o executor do crime. Ele tinha ferimentos nas mãos e afirmou que esmurrou uma parede.

O casal está preso na Delegacia de Homicídios de Carapicuíba e deve ser transferido ainda hoje. Roberta já prestou depoimento, e Willians prestava depoimento à tarde. Ele será levado para a cadeia de Carapicuíba e ela, para uma cela especial em local não informado.

O CRIME

Apesar de divorciado, o casal tinha bom relacionamento e costumava passar feriados e finais de semana em uma casa em Santana de Parnaíba. Na mesma cidade, tinham outro imóvel, a cerca de 200 metros, que cederam para Roberta e Sousa.

O primeiro a ser atacado foi o empresário, que morreu asfixiado após levar um golpe que quebrou a sua coluna --depois, foi esfaqueado.

A ex-mulher ouviu o barulho, tentou ajudá-lo e foi morta com golpes de uma faca de cozinha. 'A primeira faca quebrou, o assassino desceu, sabia onde havia outra e voltou', afirma Velloza.

O caseiro Antonio Silva Filho, 38, achou os corpos. Segundo Velloza, antes de a polícia especializada chegar, funcionários limparam a cena do crime e juntaram o material para queimar --'a mando de Willians', diz.

Nada foi roubado. Para ele, o que chamou a atenção foi a brutalidade. 'As facadas foram na nuca, em cima da cabeça e no rosto. O que se queria era atacar a imagem, demonstra muito ódio. Era algo muito pessoal', afirma.

De acordo com ele, Sousa não trabalha e recebe uma pensão mensal de R$ 8.000 da ex-mulher. Já Roberta ajudava a mãe.

 

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