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22/12/2010 - 10h53

Suspeita de fraude leva 4 à prisão em Bebedouro (SP)

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COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DE RIBEIRÃO PRETO
DE RIBEIRÃO PRETO

Quatro homens, entre eles dois servidores públicos, foram presos ontem de manhã acusados de participar de um esquema de fraude de licitações para a compra de remédios pela Prefeitura de Bebedouro (381 km de SP). Outras oito pessoas podem estar envolvidas e serão investigadas.

A acusação é de compra fraudulenta de R$ 140 mil em medicamentos, por meio de licitação. Outros R$ 190 mil foram gastos com remédios fracionados.

As fraudes teriam ocorrido entre 2007 e 2008, na gestão do ex-prefeito Hélio de Almeida Bastos (PMDB).

Foram presos o ex-secretário da Saúde José Roberto Matheus e o ex-presidente da comissão de licitação Aldo José Lemos Gagliardi.

Matheus não está mais no meio público, mas Gagliardi atualmente era chefe de gabinete do vereador José Baptista de Carvalho Neto (PDT).

Também foram detidos os empresários José Aílton Brondino e Antônio dos Santos Martins.

Segundo o promotor do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) de Ribeirão Preto Flavio Okamoto, a quadrilha foi investigada durante um ano e meio. "Temos muitos documentos, interceptações telefônicas e quebra de sigilo bancário como prova contra os acusados."

As investigações, de acordo com o promotor, apontaram que havia esquema de favorecimento às empresas Bytamed Medicamentos Ltda, Planalto Medicamentos Ltda e Difar Distribuidora Farmacêutica Ltda.

As três empresas são dos empresários presos e teriam laranjas como donos --eram os familiares dos detidos.

Para participar das licitações das prefeituras, as três empresas recebiam cartas-convite. Em alguns casos, a compra de remédios era desnecessária, por serem distribuídos pelo Estado.

O ex-prefeito disse que não sabia das prisões e que desconhece o suposto esquema. O vereador Carvalho Neto, por meio de sua assessoria, disse que não comentaria.

O advogado dos acusados, Paulo Sergio de Almeida, afirmou que seus clientes ficaram surpresos com as prisões. "Acredito que não havia motivos para a terem feito a prisão agora."

Em maio, quatro funcionários do primeiro escalão da prefeitura, sete empresários e uma contadora foram presos na Operação Cartas Marcadas.

LUIZA PELLICANI e VENCESLAU BORLINA FILHO

 

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