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31/12/2010 - 09h00

PM testa cabine blindada articulável para vigiar multidões em São Paulo

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JULIANNA GRANJEIA
DE SÃO PAULO

A Polícia Militar de São Paulo está testando uma cabine blindada articulável, movida por energia elétrica e com sistema hidráulico, para vigiar multidões e reforçar a segurança em grandes eventos.

Nesta semana, a plataforma elevada --que já foi usada na prova de F-1, em Interlagos-- está ao lado da árvore de Natal do Parque Ibirapuera, mas no fim de semana irá para a avenida Paulista, onde irá passar pelo pelo teste final ates de a PM decidir se vai comprar o equipamento.

A cabine sobe a até sete metros do solo, é blindada e tem capacidade para quatro pessoas, mas durante o teste apenas um policial fica na cabine. É equipada com ar condicionado, refletores e espelhos. Câmeras de vigilância e computadores também podem ser instalados.

O equipamento é indicado para locais com grande fluxo de pessoas e eventos importantes, como grandes shows e jogos de futebol. O campo de visão do policial, do alto da cabine, é de pelo menos 50 metros. Caso seja aprovada, a cabine também poderá ser usado na Copa do Mundo de 2014.

Vídeo

videorreportagem: Márcio Neves

A plataforma elevada permite que, em monitoramento de eventos, seja possível identificar o foco do problema e organizar estratégias para policiamento. "É uma cabine estratégica de comando. O policial que está lá pode observar a multidão de cima e consegue ver se tem tumultos e coordenar a ação e orientar a tropa. E a multidão também consegue observar o policial, o que aumenta a sensação de segurança", afirmou o capitão Samuel Robes Loureiro, porta voz da diretoria de logística da PM,

Ele disse que o equipamento é comum em cidades como Nova York (EUA), mas que não conhece o uso da cabine no Brasil. "É a primeira vez que este tipo de equipamento é testado no Estado de São Paulo, mas também não temos notícias de outras cabines como esta em outros Estados. Existem similares em outros países, mas a importação é muito cara, por isso estamos fomentando o desenvolvimento de tecnologia nacional", afirmou o capitão.

A empresa que desenvolveu o equipamento no Brasil é a Vault. Caso o projeto seja aprovado, a PM pretende abrir licitação para comprar as cabines. Por enquanto, o produto está em comodato. Segundo o engenheiro da empresa, Roy Cuglovici, afirmou que nos Estados Unidos a cabine custa entre R$ 700 mil e R$ 800 mil. O equipamento produzido no Brasil, de acordo com ele, custa um terço do valor --cerca de R$ 250 mil.

"O mecanismo que faz levantar a cabine é um sistema hidráulico e para fazer funcioná-lo é preciso de energia elétrica. Também pode ser acoplada a um gerador de energia externo ou então um gerador já embarcado nela, mas o consumo de energia não é elevado. A plataforma hidráulica não é nova, nós adaptamos para que o policial tenha um ambiente agradável para exercer sua atividade por longo período", afirmou Cuglovici.

Segundo o capitão Loureiro, a cabine ainda passa por ajustes para atender as necessidades da polícia. "Existe um projeto e estamos dando opiniões. Uma coisa que já foi acrescentada após nosso pedido foi uma sirene que alerte quando a cabine está em movimento."

Por enquanto, de acordo com o capitão, o resultado da experiência é positiva. "Mas o teste final será no Réveillon da Paulista."

SEGURANÇA BLINDADA

Não é só o governo que está buscando alternativas para reforçar a segurança. O engenheiro da empresa Vault Roy Cuglovici afirmou que antes da cabine ir para o Ibirapuera, ela foi alugada pelo shopping Cidade Jardim.

"Logo após os assaltos, a administração do shopping comprou alguns equipamentos de segurança. Entre eles, três torres elevadas fixas de vigilância de 6 metros de altura, aclimatizada e com sanitário interno. Antes das torres ficarem prontas, a cabine elevatória ficou no Cidade Jardim", afirmou Cuglovici.

As torres fixas também foram encomendadas pelo governo do Rio de Janeiro. "Existe um projeto de instalação de 15 torres de 7 metros de altura com blindagem reforçada e 10 metros quadrados por pavimento", disse o engenheiro.

Cris Komesu/Folhapress
Cabine elevatória da PM, ao lado da árvore de Natal do Parque do Ibirapuera
Cabine elevatória da Polícia Militar em teste, ao lado da árvore de Natal do Parque do Ibirapuera
 

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