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PM testa cabine blindada articulável para vigiar multidões em São Paulo
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JULIANNA GRANJEIA
DE SÃO PAULO
A Polícia Militar de São Paulo está testando uma cabine blindada articulável, movida por energia elétrica e com sistema hidráulico, para vigiar multidões e reforçar a segurança em grandes eventos.
Nesta semana, a plataforma elevada --que já foi usada na prova de F-1, em Interlagos-- está ao lado da árvore de Natal do Parque Ibirapuera, mas no fim de semana irá para a avenida Paulista, onde irá passar pelo pelo teste final ates de a PM decidir se vai comprar o equipamento.
A cabine sobe a até sete metros do solo, é blindada e tem capacidade para quatro pessoas, mas durante o teste apenas um policial fica na cabine. É equipada com ar condicionado, refletores e espelhos. Câmeras de vigilância e computadores também podem ser instalados.
O equipamento é indicado para locais com grande fluxo de pessoas e eventos importantes, como grandes shows e jogos de futebol. O campo de visão do policial, do alto da cabine, é de pelo menos 50 metros. Caso seja aprovada, a cabine também poderá ser usado na Copa do Mundo de 2014.
videorreportagem: Márcio Neves
A plataforma elevada permite que, em monitoramento de eventos, seja possível identificar o foco do problema e organizar estratégias para policiamento. "É uma cabine estratégica de comando. O policial que está lá pode observar a multidão de cima e consegue ver se tem tumultos e coordenar a ação e orientar a tropa. E a multidão também consegue observar o policial, o que aumenta a sensação de segurança", afirmou o capitão Samuel Robes Loureiro, porta voz da diretoria de logística da PM,
Ele disse que o equipamento é comum em cidades como Nova York (EUA), mas que não conhece o uso da cabine no Brasil. "É a primeira vez que este tipo de equipamento é testado no Estado de São Paulo, mas também não temos notícias de outras cabines como esta em outros Estados. Existem similares em outros países, mas a importação é muito cara, por isso estamos fomentando o desenvolvimento de tecnologia nacional", afirmou o capitão.
A empresa que desenvolveu o equipamento no Brasil é a Vault. Caso o projeto seja aprovado, a PM pretende abrir licitação para comprar as cabines. Por enquanto, o produto está em comodato. Segundo o engenheiro da empresa, Roy Cuglovici, afirmou que nos Estados Unidos a cabine custa entre R$ 700 mil e R$ 800 mil. O equipamento produzido no Brasil, de acordo com ele, custa um terço do valor --cerca de R$ 250 mil.
"O mecanismo que faz levantar a cabine é um sistema hidráulico e para fazer funcioná-lo é preciso de energia elétrica. Também pode ser acoplada a um gerador de energia externo ou então um gerador já embarcado nela, mas o consumo de energia não é elevado. A plataforma hidráulica não é nova, nós adaptamos para que o policial tenha um ambiente agradável para exercer sua atividade por longo período", afirmou Cuglovici.
Segundo o capitão Loureiro, a cabine ainda passa por ajustes para atender as necessidades da polícia. "Existe um projeto e estamos dando opiniões. Uma coisa que já foi acrescentada após nosso pedido foi uma sirene que alerte quando a cabine está em movimento."
Por enquanto, de acordo com o capitão, o resultado da experiência é positiva. "Mas o teste final será no Réveillon da Paulista."
SEGURANÇA BLINDADA
Não é só o governo que está buscando alternativas para reforçar a segurança. O engenheiro da empresa Vault Roy Cuglovici afirmou que antes da cabine ir para o Ibirapuera, ela foi alugada pelo shopping Cidade Jardim.
"Logo após os assaltos, a administração do shopping comprou alguns equipamentos de segurança. Entre eles, três torres elevadas fixas de vigilância de 6 metros de altura, aclimatizada e com sanitário interno. Antes das torres ficarem prontas, a cabine elevatória ficou no Cidade Jardim", afirmou Cuglovici.
As torres fixas também foram encomendadas pelo governo do Rio de Janeiro. "Existe um projeto de instalação de 15 torres de 7 metros de altura com blindagem reforçada e 10 metros quadrados por pavimento", disse o engenheiro.
Cris Komesu/Folhapress | ||
Cabine elevatória da Polícia Militar em teste, ao lado da árvore de Natal do Parque do Ibirapuera |
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