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16/01/2011 - 23h42

Tragédia "tardia" evitou mortes em São José do Vale do Rio Preto (RJ)

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LUIZA BANDEIRA
ENVIADA ESPECIAL A SÃO JOSÉ DO VALE DO RIO PRETO

Foi com cerca de cinco horas de atraso em relação a outras cidades da região serrana que São José do Vale do Rio Preto viu o rio que dá nome à cidade subir mais de dez metros e arrastar dezenas de casas com ele.

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Mas, como os moradores já haviam acordado, perceberam a subida da água e deixaram suas casas por volta das 8h da última quarta-feira (12).

"Se as pessoas estivessem dormindo, seriam muitas mortes", diz o prefeito Adilson Faraco (DEM).

Não houve temporal forte na cidade, mas o rio encheu em consequência da chuva nas vizinhas Teresópolis e Nova Friburgo. Até agora, foram encontrados dois corpos no município. Segundo o prefeito, um deles foi trazido de outro local pelo rio.

Editoria de Arte/Folhapress

Sem telefones e com a interdição de estradas, São José ficou isolada após a cheia. Apenas na quinta-feira conseguiu emitir pedidos de socorro. O resgate e as primeiras doações chegaram só no sábado (15).

A cidade continua praticamente incomunicável. O único telefone fixo que funciona foi instalado no gabinete improvisado do prefeito --a prefeitura ficou alagada.

O pedreiro Sebastião Ferreira, 50, que mora em Teresópolis mas estava trabalhando em São José, não consegue voltar para casa ou telefonar para saber notícias da família.

"Ainda espero chegar lá e ter boas notícias."

15.jan.11/Arquivo Pessoal
Casa de Tom Jobim em São José do Vale do Rio Preto, destruída pelas chuvas na região serrana; veja imagens
Casa de Tom Jobim em São José do Vale do Rio Preto, destruída pelas chuvas na região serrana; veja imagens

Alguns moradores descobriram um ponto da cidade, no alto de um morro, onde há sinal de celular. Desde então, se aglomeram lá na tentativa de avisar amigos e parentes que estão bem.

A lama invadiu as ruas da cidade e soterrou carros até a janela. Dezenas de casas foram completamente destruídas. Danificadas, as principais pontes da cidade foram interditadas.

Moradores do bairro Santa Fé, por exemplo, levavam nos ombros, no sábado, cestas básicas e garrafas de água trazidas da parte alta do município, em uma caminhada de mais de meia hora.

"Não dá pra gente ir lá buscar. Falta vela, arroz, leite, água, tudo", diz Sônia Alves, 37, voluntária em uma igreja que oferece comida aos moradores.

Segundo o prefeito, os mantimentos seriam levados ao local por veículos da prefeitura.

 

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