Cidades da região serrana do Rio já registram 642 mortes em decorrência das chuvas

As chuvas que devastaram cidades da região serrana do Rio já deixaram 642 mortos, segundo o mais recente boletim divulgado pela secretaria de Saúde e Defesa Civil do Rio.

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Nova Friburgo concentra o maior número de vítimas. Até o momento, foram achados 294 corpos. Teresópolis tem 271 mortos, e Petrópolis contabiliza 56 mortes. Também foram registrados óbitos nos municípios de Sumidouro (19) e São José do Vale do Rio Preto (2).

Petrópolis tem 2.800 desabrigados (pessoas que perderam suas casas), e outros 3.600 desalojados (pessoas que foram obrigadas a sair de casa). Em Nova Friburgo, são 1.970 desabrigados e 3.220 desalojados. Já em Teresópolis, 1.280 pessoas perderam suas casas, e 960 deixaram suas residências.

Editoria de Arte/Folhapress

DOAÇÕES

De acordo com reportagem publicada hoje na Folha, há ao menos 170 toneladas de doações e milhares de voluntários, mas a situação caótica na região serrana do Rio tem dificultado a entrega de água, comida e roupas aos moradores que mais precisam de ajuda. Também começam a surgir indícios de desvios das doações.

Na cidade de Teresópolis, o centro que recebe e distribui donativos é o ginásio Pedrão. Policiais militares vigiam o procedimento. 'Tem gente que recebeu e não estava desabrigado. Tem gente que recebeu dez vezes a mesma coisa', diz o empresário Sérgio Epifânio, um dos coordenadores do atendimento.

	Jorge Araújo/Folhapress
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POLICIAMENTO

O Comando Geral da PM do Rio determinou ontem a prisão de comerciantes que estiverem cobrando preços abusivos na região serrana. A medida é válida para as cidades de Nova Friburgo, Teresópolis e Petrópolis e tenta coibir a prática de crimes contra o consumidor.

Segundo o porta-voz da Polícia Militar, coronel Lima Castro, 400 homens da corporação ajudam nos trabalhos de socorro e segurança das vítimas. Em meio a tragédia, tentativas de saque foram relatas por comerciantes.

Depois da tragédia, a população de Nova Friburgo começou a sofrer com o racionamento de comida. Assustados com a dimensão dos estragos causados pelas chuvas, os moradores passaram a tentar estocar comida, apesar da grande quantidade de donativos enviada para a região. Isso provocou uma disparada nos preços.

As chuvas também ilharam produtores rurais e destruíram plantações principalmente de verduras e hortaliças. Como consequência, os produtos já começam a sumir dos supermercados da capital fluminense e, quando encontradas, os preços mais do que dobraram em relação à semana passada.

	Hudson Corrêa/Folhapress
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