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29/01/2011 - 18h40

Greve de agentes penitenciários chega ao fim em Alagoas

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RAPHAEL VELEDA
DE BELO HORIZONTE

Os agentes penitenciários de Alagoas voltaram ao trabalho neste sábado após duas semanas de greve.

Promotoria abre investigação sobre tortura de presos em AL
Agentes penitenciários param em AL e presos ficam sem visita

O sindicato da categoria pede 110% de aumento no salário, congelado há quatro anos, e um plano de carreira.

O governo do Estado prometeu negociar, mas conseguiu o fim do movimento grevista com um aumento de R$ 200 em uma bolsa já concedida aos profissionais --o valor deve passar de R$ 100 para R$ 300 a partir de fevereiro.

Desde o dia 15 de janeiro, os detentos dos seis presídios do Estado estavam sem direito a banho de sol, visitas, atendimento médico e transporte para audiências judiciais. Advogados também não podiam visitar seus clientes.

De acordo com a assessoria de comunicação da Intendência Geral do Sistema Penitenciário de Alagoas, os agentes comunicaram o fim da greve após assembleia na manhã de hoje.

Além do aumento, o governo de Alagoas prometeu propor um plano de carreira nos próximos 30 dias e incorporar esses R$ 200 ao salário base. O piso da categoria é de R$ 997.

VISITAS

Hoje seria dia de visita nas unidades prisionais, mas o serviço só será restabelecido depois de uma análise da situação dos locais, que deve ser feita até o meio da semana, de acordo com o governo.

Com a greve, a situação ficou tensa nos presídios e houve princípios de rebelião. Em Arapiraca, a 110 km de Maceió, presos revoltados danificaram a estrutura da unidade, segundo a Intendência Geral do Sistema Penitenciário.

No dia 21, uma rebelião no presídio Baldomero Cavalcanti, o maior da capital alagoana, foi controlada pelos agentes com violência, segundo parentes de presos.

O Ministério Público do Estado abriu uma investigação para apurar se houve tortura contra detentos.

A Folha não conseguiu falar com representantes do sindicato dos agentes penitenciários.

O Estado de Alagoas tem cerca de 2.203 presos (dados de outubro de 2010), 1.432 vagas e 754 agentes penitenciários, segundo o governo estadual.

A greve havia sido declarada ilegal pela Justiça alagoana.

 

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