Vizinhos de prédio que desabou no PA podem retornar para casa

Moradores de dois prédios localizados ao lado da construção que desabou no último sábado (29) poderão retornar para seus apartamentos a partir da tarde desta segunda-feira. Equipes ainda realizam trabalho de retirada dos escombros e buscas por possíveis vítimas.

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Os dois edifícios ao lado da construção, o Blumenau e o Londrina, foram vistoriados na manhã de hoje e nenhuma anomalia em decorrência do impacto do desmoronamento foi detectado.

O edifício que desabou estava localizado na travessa 3 de Maio e estava em construção. Ele tinha mais de 30 andares. Os 60 apartamentos tinham 122 m² e três suítes cada um. Segundo a imobiliária, 70% das unidades já haviam sido vendidas.

Ontem, o corpo de uma mulher foi localizado nos escombros. A identificação da vítima será feita por exame de DNA e deve demorar cerca de cinco dias. Para a realização do exame, foi coletado material genético dos possíveis filho e irmão da vítima.

Outros dois operários que trabalhavam no prédio em construção estão desaparecidos. Na madrugada de hoje, foi instalado um localizador de vítimas que possui sensores capazes de detectar até a respiração humana, mas não foi identificado sinal de vida.

	Paulo Santos - 30.jan.11 /Reuters
	Vizinhos de prédio de desabou no PA podem retornar para casa; bombeiros fazem buscas por desaparecidos

DESABAMENTO

A empregada doméstica Maria José da Cruz Pereira, 36, que trabalhava em uma casa nas proximidades, pensou que um avião tivesse caindo quando ouviu o estrondo. Ela tentou correr, escorregou e bateu a cabeça. "A casa inteira ficou tremendo. O impacto causou um tremor e vários objetos caíram no chão", contou.

Para o economista Antônio Morgado, 45, que mora em frente ao prédio, a queda parecia uma implosão. "O prédio não tombou, caiu sobre ele mesmo", disse.

Pelo menos dois prédios residenciais vizinhos foram evacuados. Um deles, de 16 andares, corre risco de desabar.

Cerca de 120 homens, do Corpo de Bombeiros, Polícia Militar e Civil, Exército, Força Nacional de Segurança e voluntários da Cruz Vermelha, trabalham no local.