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08/02/2011 - 21h31

Senadora nega que mudança no Código Florestal aumente desastres

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DE BRASÍLIA

A senadora Kátia Abreu (DEM-TO) rebateu nesta terça-feira críticas de ONGs de que as mudanças propostas no Código Florestal, em tramitação no Congresso tenham ligação com desastres como os deslizamentos na serra fluminense.

Leia cobertura sobre as chuvas na região serrana do Rio

No último dia 17, o Greenpeace afirmou que desmatamentos e ocupação de encostas, somados às chuvas cada vez mais intensas, são a "combinação perfeita" para tragédias como a da região serrana, no mês passado, ou a de Santa Catarina, em 2008.

Reportagem da Folha no último dia 16 afirma que o projeto do deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP), que deverá ser votado no mês que vem no plenário da Câmara, aumenta o risco de desastres por não considerar encostas e topos de morro como áreas de preservação permanente -- portanto, vedadas à ocupação.

"Aconteceu uma tragédia no Rio de Janeiro e isso foi usado pelo Greenpeace e outras ONGs para atacar o Código Florestal Brasileiro. Isso é o máximo do desespero", disse Kátia, para quem as ONGs agiram com "desumanidade".

"Todas as tragédias deste ano e de anos anteriores foram em morros florestados, não desmatados", continuou a senadora, em entrevista coletiva na seda da CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil).

Ela estava acompanhada de Gustavo Curcio, pesquisador da Embrapa Florestas segundo o qual deslizamentos desse tipo (chamados pelos geólogos de "fluxos de massa") ocorrem independentemente de a encosta estar alterada ou não.

"Se você tem uma floresta totalmente intacta lá em cima e tira a base dela lá embaixo, o solo desce", afirmou. "Se você tiver uma altura de chuvas maior do que o solo [pode aguentar sem se liquefazer], ele migra. Se o evento [meteorológico] é monstro, não há solo ou evapotranspiração de floresta que dê conta de tirar a umidade."

 

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