UTI neonatal interditada em Maceió deve reabrir na quarta

Deve ser reaberta na quarta-feira (16), depois de duas semanas interditada, a UTI Neonatal do Hospital Universitário Professor Alberto Antunes, em Maceió (AL). A unidade foi isolada no dia 2 de fevereiro, quando uma bactéria foi identificada em dois bebês. Um deles morreu três dias depois.

De acordo com o coordenador da pediatria e da UTI Neonatal do hospital, João Batista, a morte ocorreu porque o bebê já estava havia dois meses no respirador, tinha pego infecções e sua saúde estava debilitada --e dependia totalmente de aparelhos.

A suspeita é que a bactéria Acinetobacter tenha entrado na UTI na chegada de um recém-nascido, que permanece em observação no hospital, mas já não possui indícios do micro-organismo.

"Testamos todos os antibióticos contra a bactéria, mas ela é multirresistente e muito agressiva", afirmou Batista. Segundo ele, a Acinetobacter causa infecções generalizadas e de difícil controle, principalmente em organismos debilitados, como o de prematuros.

Os outros 14 bebês que estavam na UTI no dia da interdição foram observados em quarentena e, sem registros da bactéria, encaminhados a outras maternidades.

"Provavelmente houve uma falha de assepsia, mas por aqui passa uma equipe multidisciplinar e há muito contato com os pacientes, o que gera mais oportunidades para a passagem da bactéria", disse Batista.

Segundo ele, amanhã serão realizados os últimos exames para garantir a ausência do micro-organismo e uma desinfecção do local. Depois, a comissão de infecção hospitalar irá se reunir, e a UTI deverá estar pronta para receber novos pacientes.

"Ficaremos em permanente fiscalização, esses organismos podem aparecer em qualquer lugar. Reforçaremos os cuidados de orientação com limpeza e higiene que a gente faz, desde o uso de aparelhos até profissionais que manuseiam os pacientes."