Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
25/02/2011 - 10h36

Blitz fecha rodeio clandestino na cidade de Ribeirão Preto (SP)

Publicidade

HÉLIA ARAUJO
DE RIBEIRÃO PRETO

Uma megaoperação coordenada pelo Ministério Público interditou ontem uma arena que era utilizada para promover rodeios clandestinos em Ribeirão Preto (313 km de São Paulo).

A operação ocorreu após reportagem publicada pela Folha no último dia 13, que mostrou a situação de dois rodeios clandestinos que acontecem na cidade.

A arena alvo da operação fica no Jardim Porto Seguro, na zona norte, e chega a reunir até 300 pessoas aos domingos, durante as montarias ilegais. No local, Éder Luís Lima Tavares, 19, foi pisoteado por um touro e ficou 22 dias na UTI.

A interdição ocorreu porque o proprietário não tinha alvará de funcionamento do Corpo de Bombeiros, da prefeitura e da Secretaria de Estado da Agricultura. Se houver evento no local, a multa pode chegar a R$ 174,5 mil.

Além da interdição, foram constatados problemas sanitários: o banheiro feminino se resumia a uma vala cercada por tapumes de madeira e as geladeiras, todas ligadas por meio de "gatos", estavam sujas e sem condições de armazenamento de alimentos.

"Encontramos muito lixo e criadouros do mosquito da dengue. A situação é inabitável e completamente irregular", afirmou a chefe da Vigilância Sanitária, Vânia Cantarella Rodrigues.

Além da Promotoria, participaram da blitz as polícias Ambiental e Rodoviária, a concessionária Autovias, a Secretaria de Estado da Agricultura, as fiscalizações Geral e Sanitária de Ribeirão Preto e a Divisão de Controle de Zoonoses.

Segundo o promotor ambiental Marcelo Goulart, dois inquéritos civis foram abertos para investigar os rodeios e os animais que ficam soltos na área urbana.

"Recebemos denúncia de moradores do assentamento da Fazenda da Barra, informando que os touros e cavalos deste rodeio estavam invadindo uma APP [Área de Preservação Permanente] e também a rodovia Anhanguera, podendo causar graves acidentes."

Dois cavalos foram recolhidos nas proximidades do assentamento e levados para o Controle de Zoonoses.

Já no local onde o rodeio ocorre, conhecido como Companhia de Rodeio Rio Pardo, foram encontrados 22 touros usados nas montarias, mas o dono, Eurípedes Vencesnor França, 61, tinha documentação.

Ele afirmou que não regularizou os rodeios por causa da burocracia.

"A Fiscalização fará inspeções para garantir a interdição. Se isso não ocorrer entrarei com processo", disse o promotor do Meio Ambiente Urbano, Naul Felca.
A operação deve ser estendida a outros locais, com irregularidades semelhantes.

OUTRO LADO

Proprietário da Companhia de Rodeio Rio Pardo, Eurípedes Vencesnor França, 61, afirmou que gostaria de regularizar a situação dos rodeios que promove, mas a burocracia é responsável por dificultar o processo.

"Não tenho dinheiro para fazer as adequações que eles pedem. Sem contar a documentação, que cada hora é uma e nunca dá certo", disse.

 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página