Justiça analisa pedido de prisão de atropelador de ciclistas no RS

A Justiça vai analisar o pedido de prisão preventiva do bancário Ricardo Neis, 47, responsável pelo atropelamento de pelo menos 16 ciclistas em Porto Alegre, na noite da última sexta-feira (25).

Vídeos mostram atropelamento de ciclistas
Atropelador diz que acelerou para evitar linchamento

Ontem (28), o Tribunal de Justiça recebeu dois pedidos de prisão preventiva, um encaminhado pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul e o outro pela Polícia Civil. Os pedidos foram feitos separadamente, segundo o delegado Rodrigo Garcia, coordenador de comunicação da Polícia Civil. O Ministério Público Estadual requereu a prisão preventiva à Vara do Júri no início da noite. Pouco depois, o delegado Gilberto Almeida Montenegro, que investiga o caso, entrou com um pedido similar no plantão do fórum.

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Conforme a Folha apurou, por volta das 9h, os pedidos ainda seriam distribuídos a um juiz. Provavelmente, o mesmo magistrado irá apreciar os dois pedidos, no entanto, seu nome não foi divulgado pelo Tribunal de Justiça. Apesar da prisão preventiva ser analisada em caráter de urgência, ainda não é possível dizer quando os pedidos serão julgados.

Neis se apresentou nesta segunda-feira e depôs durante três horas. Na versão que apresentou, ele disse que acelerou contra o grupo de ciclistas porque alguns deles o haviam ameaçado e atacado seu carro na última sexta.

O motorista, que fugiu sem prestar socorro e depois abandonou o Golf sem placas, alegou o temor de ser linchado e ter agido em legítima defesa, para proteger a si e ao filho de 15 anos, que também estava no carro.

A Polícia Civil não informou como vai enquadrar criminalmente a conduta do motorista. Ele pode responder por lesão corporal ou por tentativa de homicídio contra os ciclistas.