Comitê quer apurar denúncia de trabalho degradante em SP

Um comitê regional foi formado em Ribeirão Preto (313 km de São Paulo) para apurar denúncias de que trabalhadores de outros Estados vivem na região em condições subumanas.

"Esse casos existem, embora fiquem escondidos e nem todos saibam. Por isso é importante mostrar para a população como denunciar e agir em casos de tráfico de pessoas", disse defensor público Victor Hugo Albernaz Júnior.

O grupo fez na sexta-feira (4) à tarde um ato em frente ao Theatro Pedro 2º, com a distribuição de panfletos alertando sobre o tráfico de pessoas.

Ainda segundo o defensor, o comitê vai apurar denúncias de tráfico de trabalhadores rurais e urbanos, com desrespeito aos direitos trabalhistas e à dignidade da pessoa humana, que podem chegar à condição igual a de escravo.

Na quinta, fiscais do Ministério do Trabalho encontraram 92 operários da construção civil vivendo em condições subumanas em três alojamentos no bairro Cidade Aracy, em São Carlos.

Eles foram transferidos ontem para um hotel na área central do município e aguardam receber os salários atrasados e então poder voltar para as cidades de origem.

O Comitê Regional Interinstitucional de Prevenção e Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas de Ribeirão também vai apurar denúncias ligadas à exploração sexual infantil e de mulheres. O comitê é formado pela Defensoria Pública, Ministério Público, OAB, prefeituras e polícias Civil e Militar.

As denúncias podem ser feitas anonimamente pelo telefone 161 ou pelo e-mail traficodepessoasrp@gmail.com.