Simpatia É Quase Amor reúne 100 mil foliões em Ipanema no Rio

Uma multidão de cerca de 100 mil pessoas acompanhou, durante a tarde deste domingo, o bloco "Simpatia é Quase Amor", um dos principais do Carnaval carioca. O desfile seguiu, desde às 15h, pela orla de Ipanema, na zona sul do Rio, ao som do samba "Simpatia, Aquarela de Ipanema", de Mariozinho Lago, filho do ator Mário Lago, morto em 2002.

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É o quarto ano em que o compositor vence a disputa na escolha do samba. O bloco, que tem as cores amarelo e roxo, é um dos responsáveis pela consagração do Carnaval de Rua na cidade.

No fim do desfile, o "Simpatia" se encontrou com a dispersão do "Que merda é essa?", que trouxe como enredo a polêmica da censura feita ao escritor Monteiro Lobato, por acusações de racismo.

Segundo Ary Miranda, um dos diretores do bloco, o Simpatia surgiu há 27 anos com uma proposta de reunir os amigos no carnaval. No primeiro desfile, em 1985, apenas 300 pessoas participaram da brincadeira.

"O Simpatia, junto com outros blocos, como o Barbas, contribuíram para dar essa dimensão que o carnaval de rua tem hoje. O Simpatia deu essa contribuição e continua dando, mas não tínhamos essa pretensão na época. A ideia inicial era fazer um bloco de amigos que tinham, em comum, frequentar a praia de Ipanema e a política, naquele momento na luta pelas Diretas Já. Mas era uma coisa despretensiosa", disse Miranda.

O Simpatia É Quase Amor sempre desfila no sábado antes do carnaval e no domingo de carnaval. No último sábado (26) o bloco reuniu mais de 70 mil pessoas, segundo seus organizadores. O desfile, que dura três horas, começa na Praça General Osório e segue pela Avenida Vieira Souto, na orla da praia de Ipanema.

O bloco canta seu próprio samba durante o início do desfile e, na última meia hora, começa a cantar marchinhas tradicionais de carnaval. "Fazemos um verdadeiro baile de carnaval", disse Miranda.