Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
17/03/2011 - 07h52

Banco terá de instalar biombo perto de caixas para evitar roubo

Publicidade

AFONSO BENITES
FÁBIO FREITAS
MARÍLIA ROCHA
DE SÃO PAULO

Para tentar reduzir os casos de roubo conhecidos como "saidinhas de banco", o governador Geraldo Alckmin (PSDB) sancionou ontem (16) lei que obriga as agências a instalar biombos perto dos caixas. O objetivo é evitar que outras pessoas vejam se o cliente está fazendo saque.

Nesses golpes, clientes que sacam altas quantias são roubados ao sair da agência. Em geral, um criminoso observa as vítimas no local e avisa comparsas por celular.

Neste ano, ao menos três pessoas morreram na capital paulista vítimas desse tipo de assalto. Até ontem, só um suspeito tinha sido preso.

Conforme a lei, os biombos precisarão ter 1,80 metro de altura e cor opaca, para dificultar a visualização. A regra só entrará em vigor 90 dias depois que o governo a regulamentar -não há prazo para que isso ocorra.

Na avaliação da Febraban (Federação Brasileira de Bancos), a medida é prejudicial à segurança. "O vigilante precisa ter ampla visualização do banco. Com os biombos, a visão dele será reduzida", afirma Wilson Gutierrez, diretor da entidade.

Segundo ele, a Febraban ainda não decidiu se tentará barrar a lei na Justiça.

Para o sociólogo José dos Reis Santos Filho, da Unesp, a lei é uma ação paliativa que ajuda na segurança dos clientes. Porém, segundo ele, "pode incentivar as pessoas a sacarem quantias cada vez maiores e continuarem expostas aos ladrões".

Já o coordenador do Coletivo Nacional de Segurança Bancária, Ademir Wiederkehr, diz que "sem biombo, o bandido pode ver e esperar o cliente sair para assaltá-lo".

A lei paulista não é pioneira no país. Segundo a Confederação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro, 200 cidades brasileiras já implementaram regras para coibir esse tipo de crime.

Entre as medidas, está a proibição do uso de celulares dentro das agências. No Congresso Nacional, tramitam dois projetos com o mesmo teor do sancionado em São Paulo.

 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página