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01/04/2011 - 22h58

Polícia do AM pede prisão de policiais suspeitos de tortura

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KÁTIA BRASIL
DE MANAUS

O Comando-geral da Polícia Militar do Amazonas solicitou nesta sexta-feira à Corregedoria Geral do Sistema de Segurança Pública a prisão preventiva de quatro policiais suspeitos de tortura e abuso sexual contra o jovem Hudson Braga da Costa, 18.

Na semana passada, sete policiais foram presos por suspeita de tentativa de homicídio qualificado contra o garoto de 14 anos, que recebeu cinco tiros à queima-roupa e sobreviveu à agressão policial.

Segundo Guterlan da Costa, pai de Hudson, o jovem foi preso anteontem por acusação de associação ao tráfico de drogas. Durante a prisão, os policiais o levaram para um matagal conhecido como "Geladinho", na zona norte da cidade, e o torturam. O rapaz nega envolvimento com o tráfico.

Costa disse que os policiais passaram pimenta nos olhos e na boca dele. "Os policiais fizeram humilhações, abusaram sexualmente dele para que confessasse a posse de uma arma de fogo, que nunca teve. Encontrei meu filho na delegacia em estado deplorável", diz.

A Corregedoria Geral do Sistema de Segurança Pública anunciou que investiga mais outro caso de tortura envolvendo policias militares, desta vez no município de Coari (oeste do Estado). Sete policiais são acusados de agressão física de natureza grave contra dois adultos e dois adolescentes de 17 anos. Segundo as famílias dos jovens, eles foram espancados com cabos de aço.

Segundo a Corregedoria, de janeiro a 28 de março, 307 procedimentos foram abertos para investigar policiais civis, militares e bombeiros por acusações de lesão corporal, ameaça, entre outros.

Desse total, 23 foram punidos com suspensão, detenção ou prisão. Sete foram excluídos da corporação e dois demitidos.

Em janeiro, dois policiais civis foram presos por suspeita de extorsão mediante sequestro de duas mulheres, uma delas menor de 15 anos. A casa de uma testemunha do caso, uma jovem de 18 anos, foi atingida por tiros de metralhadora, em março. A Corregedoria diz que solicitou a inclusão da jovem no programa de proteção às testemunhas.

 

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