Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
15/04/2011 - 17h45

E-mail do Ministério Público do TO critica direitos humanos

Publicidade

RODRIGO VIZEU
DE SÃO PAULO

Uma conta de e-mail da assessoria do Ministério Público Estadual do Tocantins foi utilizada para a divulgação de um texto com críticas à defesa dos direitos humanos para adolescentes infratores. A assessoria disse que o caso foi um "equívoco" e que a mensagem reflete a posição pessoal de um funcionário.

O texto foi distribuído no mesmo dia em que a mesma assessoria divulgou que a Promotoria denunciou homens sob a acusação de matar um ativista de direitos humanos do interior do Estado.

Com aspecto de corrente de e-mail, o texto é escrito em formato de uma carta de uma mãe que teve o filho assassinado pelo filho adolescente de outra mulher. "NUNCA apareceu nenhum representante destas 'entidades' que tanto lhe confortam para me dar uma palavra de conforto e talvez me indicar 'os meus direitos'!", diz o e-mail.

O texto continua: "Se concordar, circule este manifesto! Talvez a gente consiga acabar com esta inversão de valores que assola o Brasil. DIREITOS HUMANOS SÃO PARA HUMANOS DIREITOS...!!! (sic)".

A assessoria do Ministério Público disse que o e-mail não reflete a opinião da instituição, "que trabalha bastante a favor dos direitos humanos", e que será aberta uma sindicância para apurar a responsabilidade do servidor que divulgou a mensagem.

Reprodução
Trecho de e-mail divulgado pela assessoria de imprensa do Ministério Público de TO

Segundo a assessoria, o autor da divulgação foi o fotógrafo Ronaldo Mitt, que trabalha no local. O funcionário disse à Folha que não pretendia usar o e-mail da assessoria para distribuir o texto. "Minha intenção era pegar os endereços e trazer para o meu e-mail pessoal, mas acabei mandando".

Mitt disse que "acabou dando uma bobeira" e ele clicou na "coisa errada". "Eu errei, foi falha minha", disse. Ele afirmou que a posição crítica aos direitos humanos é uma posição pessoal e não da Promotoria.

OUTRAS GAFES

O caso remete a dois casos recentes em que funcionários também utilizaram a estrutura de internet de órgãos oficiais para divulgar posições pessoais. Em fevereiro, uma mensagem no Twitter oficial do STF (Supremo Tribunal Federal) defendeu que o presidente do Senado, José Sarney (PDMB-AP), pendurasse as chuteiras. O texto foi apagado e a funcionária responsável, dispensada.

Em março, após a morte do vice-presidente José Alencar, o Twitter da Secretaria Estadual de Cultura de São Paulo publicou : "PQ foi o José Alencar e não o #Sarney?". A secretaria apagou a mensagem e lamentou o ocorrido.

 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página