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24/05/2011 - 16h39

Mergulhadores vasculham 80 mil m2 em busca de vítimas no DF

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DE SÃO PAULO

A equipe de resgate que ainda procura vítimas de naufrágio no lago Paranoá, em Brasília (DF), na noite de domingo (22), já vasculhou 80 mil m2.

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De acordo com o coronel Marco Negrão, do Corpo de Bombeiros, o barco está com o fundo virado para cima, o que torna a situação perigosa para os 35 mergulhadores que fazem a busca. Há grande risco, diz o coronel, de que o barco caia em cima dos mergulhadores, motivo pelo qual os mergulhos não estão sendo muito invasivos.

"Além de a água ser turva e muito fria, o mergulho é de altitude, o que aumenta a necessidade de revezamento entre os integrantes da equipe de resgate", disse o coronel Negrão.

Arte/Folha

CORPOS

Segundo o coronel Marco Negrão --comandante do grupamento de buscas e salvamento do Corpo de Bombeiros--, cadeiras, mesas e refrigeradores acabaram escorregando até a parte de trás da embarcação, o que pode ter encurralado uma ou mais vítimas, o que impede a flutuação do corpo.

O coronel, entretanto, disse que isso só poderá ser comprovado após o içamento da embarcação, que não tem data para ocorrer.

Negrão também confirmou que havia uma rachadura em um dos tubulões da embarcação --o tubulão é um cano que, cheio de ar, auxilia na flutuação do barco. No entanto, ele disse que só uma investigação mais detalhada vai dizer se a rachadura está relacionada à causa do acidente.

Ele afirmou que, caso seja provada que a superlotação do barco influenciou no naufrágio, tanto o armador (proprietário) quanto o comandante podem ser responsabilizados. Mas também não desconsiderou que outras pessoas tenham sido responsáveis.

Ontem, um sobrevivente disse à Folha que, apesar de ser seu primeiro passeio de barco, não recebeu nenhuma recomendação de segurança. O comandante, que cuida do caso juntamente com a Polícia Civil, afirmou que essa informação também será investigada.

Sérgio Lima-23.mai.11/Folhapress
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INVESTIGAÇÃO

O "Imagination" havia partido de um clube e passava por outros recolhendo passageiros para uma festa que era realizada na própria embarcação. Ele enfrentou problemas quando passava próximo da ponte Juscelino Kubitschek.

Segundo relato de sobreviventes, o barco virou após uma lancha passar muito perto e provocar ondulações, mas as circunstâncias do acidente ainda estão sendo investigadas. O garçom Everaldo Sales da Silva, 43, negou que a lancha tenha provocado ondulações.

"Já ouvimos relatos de colisão, de problema, de explosão, mas isso é prematuro. Só teremos certeza com a perícia", afirmou ontem o delegado titular do 10º DP, Adival Cardoso de Matos, que investiga o caso.

O comandante do barco, Airton da Silva Maciel, era habilitado para a função. Ele e o proprietário da embarcação foram ouvidos pela Polícia Civil e, segundo o delegado, afirmaram que o barco era legalizado.

Passageiros relataram que ninguém usava coletes salva-vidas na noite de ontem. O comandante afirmou que começou a distribuir os coletes assim que o problema começou, mas que o barco submergiu muito rápido, o que teria dificultado a distribuição.

 

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