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02/06/2011 - 17h10

Sem acordo, greve de ônibus continua na Grande SP

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JULIANNA GRANJEIA
DE SÃO PAULO

Atualizado às 18h27.

A audiência de negociação realizada nesta quinta-feira terminou sem acordo e os motoristas de ônibus da EMTU (Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos) e demais empresas que atuam na Grande São Paulo continuam em greve até pelo menos a manhã desta sexta (3).

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Na audiência, a juíza Sônia Franzini, do TRT (Tribunal Regional do Trabalho), elaborou proposta aceita pelo sindicato patronal --que representa as empresas de ônibus que atuam na região-- mas que deve ser discutida pelo Sindicato dos Rodoviários do ABC em assembleia marcada para as 9h de amanhã.

Na proposta da juíza, os trabalhadores receberiam 7,8% de reajuste no salário --correspondente ao INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) de 6,3% mais 1,5% de ganho real--, mais 7,8% de aumento no vale-alimentação.

A proposta traz menos benefícios do que elaborada antes pelo sindicato patronal e que foi retirada devido à decisão dos trabalhadores pela greve. Nesta proposta inicial, o sindicato patronal oferecia reajuste de 8% nos salários e 10% no vale-alimentação, mais R$ 1.500 para os trabalhadores que exercem dupla função de motorista e cobrador.

Além dos 7,8%, Franzini modificou a decisão judicial sobre a circulação de ônibus durante a greve --antes, 80% da frota deveria circular no horário de pico. Agora, com a nova decisão, 80% dos ônibus devem estar em operação durante todo o dia.

O desembargador Celso Furtado de Oliveira foi sorteado como relator do processo e irá julgar a proposta da juíza.

Pela manhã, oficiais de Justiça percorreram os terminais e constataram que a decisão não foi respeitada. Segundo relatório da EMTU, das 222 partidas programadas, apenas 74 ocorreram --33%.

A Promotoria determinou que e a multa de R$ 200 mil, pelo descumprimento da decisão judicial sobre a circulação da frota, seja apreendida da conta bancaria do sindicato imediatamente. Como a greve começou ontem e, desde então, a liminar não foi respeitada, o sindicato já acumula R$ 400 mil em multas.

O advogado do sindicato disse que, caso isso aconteça, a instituição terá que ser fechada. O presidente da entidade, Francisco Mendes da Silva, conhecido como Chicão, afirmou que a orientação dada ontem, durante assembleia com os trabalhadores, foi de obedecer a ordem da Justiça e aceitar a proposta do sindicato patronal.

Ele afirmou que há pessoas "infiltradas" tumultuando o movimento de greve e disse que irá orientar novamente os trabalhadores, na assembleia de amanhã, a aceitarem a proposta e retornarem ao trabalho.

Julianna Granjeia/Folhapress
Presidente do Sindicato dos Rodoviários do ABC, Francisco Mendes da Silva, o Chicão, durante audiência
Presidente do Sindicato dos Rodoviários do ABC, Francisco Mendes da Silva, o Chicão, durante audiência

CPTM

Funcionários da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) também estão em greve. Ontem, a categoria já tinha paralisado as atividades parcialmente, afetado as linhas 12-Safira e 11-Coral. Hoje, a greve se estendeu às demais linhas, atingindo as 89 estações da CPTM, que atendem 22 cidades da região metropolitana.

Com a greve nos trens, muitas pessoas estão recorrendo ao metrô, provocando lotação nas estações.

Para minimizar os problemas com a greve, a SPTrans (empresa que gerencia o transporte em SP) prolongou até o metrô Itaquera o itinerário de 21 linhas que levam regularmente passageiros à estação Guainazes e três que atendem a estação José Bonifácio.

A audiência entre a companhia e os sindicatos dos ferroviários terminou sem definição sobre o fim da greve. Uma nova reunião entre as duas partes deve acontecer ainda nesta quinta-feira no TRT.

Juca Varella/Folhapress
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