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Mais cinco garotos que extorquiam colega são identificados no MS
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SÍLVIA FRIAS
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DE CAMPO GRANDE
A Polícia Civil de Campo Grande (MS) identificou mais cinco adolescentes que praticavam bullying contra um ex-colega de escola que pagou mais de R$ 1.000 ao longo de um ano para não apanhar.
Após bullying, menino terá que lavar louça e pátio de escola no MS
Aluno vítima de bullying paga R$ 1.000 a colega para não apanhar
O caso veio à tona no fim de maio, quando um adolescente de 13 anos foi flagrado extorquindo dinheiro do menino, que tem a mesma idade dele. Por determinação do titular da 27º Promotoria da Infância e Juventude do município, Sérgio Harfouche, ele foi punido com a tarefa de limpar o pátio e lavar a louça da merenda do colégio durante três meses.
Segundo a delegada Aline Gonçalves Sinotti Lopes, quatro dos cinco adolescentes recém-identificados já prestaram depoimento e confirmaram a intimidação, afirma a delegada. O relatório policial foi entregue nesta quinta-feira (2) ao Ministério Público Estadual, e o promotor Sérgio Harfouche definirá em breve qual medida disciplinar será aplicada aos garotos.
A delegada disse que os cinco adolescentes ficaram assustados com a repercussão da história e choraram durante o depoimento. Um deles, também de 13 anos, disse que estava "um pouco" arrependido, pois nunca havia agredido o colega. "Não via nada de errado nisso [extorsão], porque nunca cheguei a encostar a mão nele para pegar dinheiro', disse. 'Quando ele dizia que não tinha (dinheiro), eu ficava de boa, na minha."
A vítima entregava pequenas quantias de dinheiro a cada vez sob ameaça de ser agredido pelos adolescentes. "A gente falava que ia bater nele e que ele tinha que levar dinheiro para gente, daí ele pagava lanche para todo mundo", disse outro garoto, de 14 anos.
Em outro trecho do depoimento, o adolescente relata que a vítima precisou pedir dinheiro emprestado para os colegas para comer ou para pagar a passagem do ônibus, pois havia entregado tudo o que tinha para os agressores.
Mesmo colaborando com os colegas, a vítima não escapava das agressões, segundo relatou um dos garotos à polícia.
A Secretaria de Educação disse que somente depois que for acionada pela Promotoria terá a identidade dos alunos e poderá saber se eles continuam na mesma escola.
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