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20/06/2011 - 19h18

Após fraude, hospitais de SP devem ter ponto eletrônico

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DE SÃO PAULO

Todos os hospitais ligados à Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo deverão implantar um sistema de ponto eletrônico em até 90 dias, informou a pasta nesta segunda-feira.

A decisão vem como resposta ao esquema de fraude no Conjunto Hospitalar de Sorocaba (99 km de SP), revelado após a prisão de 12 pessoas na quinta-feira (16). O Ministério Público investiga ao menos outros 50 médicos suspeitos.

Promotoria investiga 50 médicos suspeitos em Sorocaba
Após denúncia de fraude, hospitais passarão por auditoria
Coordenador de Saúde pede demissão após denúncias
Procuradoria Geral deve investigar secretário de Alckmin

O objetivo é ter mais "clareza e transparência" na administração do expediente dado pelos servidores, diz a pasta. De acordo com a secretaria, hoje, cerca de 30% dos hospitais de administração direta da secretaria usam o ponto eletrônico.

Além do ponto eletrônico, ficou determinado que o registro dos plantões de médicos, enfermeiros e outros profissionais seja diferente do registro da carga horária regular dos profissionais.

A secretaria afirma que todos os hospitais onde há plantões médicos passarão por uma auditoria, para verificar como os plantões são feitos, qual o controle dos hospitais sobre isso e quais médicos fazem plantões na rede.

Os hospitais deveram encaminhar à secretaria um levantamento sobre todos os plantões feitos nos últimos três anos.

SOROCABA

Após a denúncia de fraude, a secretaria nomeou um interventor para Conjunto Hospitalar de Sorocaba --o atual diretor executivo do Instituto da Radiologia do Hospital das Clínicas de São Paulo, Luis Claudio de Azevedo Silva. Ele terá 60 dias para fazer um diagnóstico da situação do hospital.

A Secretaria de Saúde afirma que pretende investir cerca de R$ 60 milhões no hospital, a partir do segundo semestre deste ano, para a construção de um novo prédio de internações que deve ampliar em até 80% a capacidade de realização de cirurgias no complexo.

O CASO

A operação que prendeu 12 pessoas e investiga mais 50 já derrubou o médico e secretário estadual de Esporte, Jorge Pagura, e o coordenador da Secretaria da Saúde Ricardo Tardelli.

De acordo com a promotora Maria Aparecida Castanho, do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) de Sorocaba, os médicos são suspeitos de receber por plantões que jamais trabalharam. Ao invés de darem plantão em Sorocaba, os profissionais trabalhavam em outros hospitais, inclusive na capital paulista.

Dos 12 presos na operação, 4 já foram soltos. Os médicos Kléber Castilho e Antonio Carlos Nasi foram liberados, porque, segundo a Promotoria, esclareceram as dúvidas sobre suas participações nas fraudes. Marcia Regina Leite Ramos também colaborou e foi liberada, e Heitor Consani, atual diretor do donjunto hospitalar, conseguiu habeas corpus na Justiça.

Os médicos são suspeitos de receber cerca de R$ 15 mil por mês sem trabalhar. O desvio, em três anos, chega a R$ 1,8 milhão, conforme a investigação.

A promotora informou que vai pedir à Procuradoria-Geral de Justiça que investigue as suspeitas contra o ex-secretário Pagura.

 

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