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35% dos acidentes com motos ocorrem em corredor
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ALENCAR IZIDORO
DE SÃO PAULO
A passagem das motos pelos corredores estreitos entre os carros tem uma implicação muito mais grave que a de retrovisores quebrados. Essa é a causa de 35% dos acidentes fatais com motos na cidade de São Paulo.
O levantamento foi apresentado nesta sexta-feira pela CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) no 1º Fórum de Segurança e Saúde promovido pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP.
Baseado em registros oficiais dos últimos quatro anos, ele reforçou a discussão que se arrasta há mais de uma década sobre a proibição da circulação de motocicletas no espaço apertado entre os demais veículos.
A restrição chegou a ser inserida no código de trânsito de 1998, mas acabou vetada pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB).
Hoje, é tida por motociclistas como uma permissão fundamental para garantir a agilidade desses veículos. E, por especialistas, como um agravantes da disparada dos acidentes com motos, motivando uma nova discussão do tema no Congresso Nacional.
O gerente de segurança no trânsito da CET, Luiz de Carvalho Montans, reconhece que, apesar da gravidade do problema, a "possibilidade política e prática é muito baixa" para impor a proibição.
A companhia de tráfego estima que hoje quem anda de moto tem um risco 17 vezes maior de morrer no trânsito de São Paulo do que os usuários de automóveis.
O problema, que antes só era associado aos motoboys, hoje está espalhado entre pessoas que também utilizam a moto para ir ao trabalho, à escola e por lazer.
Em 2010, só 11% dos 478 motociclistas mortos na capital paulista eram motoboys, de acordo com a CET.
Outro agravante desses acidentes é a impunidade, já que a maioria dos radares não é capaz de flagrar motos infratoras. A CET diz que está em fase de contratação de seis radares portáteis voltados para esses veículos.
A formação é outro gargalo: pesquisa sobre os acidentados internados no HC verificou que só 25% desses motociclistas diziam ter apreendido a conduzir nas autoescolas --os demais, sozinhos, com parentes, com amigos.
Atropelamentos e acidentes com motos são as principais causas de internação por trauma no hospital.
As vítimas de atropelamentos são 20,5% das internações por traumas --seguidas por 19,5% dos acidentados por motocicletas.
Os dados se referem aos atendimentos do ano passado no serviço de cirurgia de emergência do pronto-socorro do Instituto Central do HC.
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