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12/07/2011 - 17h53

Justiça decreta quebra de sigilo de mais 2 linhas em caso Juan

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DE SÃO PAULO

A Justiça do Rio de Janeiro decretou a quebra de sigilo de mais duas linhas telefônicas de policiais militares suspeitos de envolvimento na morte do menino Juan Moraes, de 11 anos.

Testemunha diz ter visto policiais matarem Juan no Rio
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Justiça decreta quebra de sigilo de PMs do caso Juan
Deputado quer explicações sobre a perícia no caso Juan
Polícia confirma morte do menino Juan e admite engano

Reprodução
Cartaz do Disque-Denúncia do Rio que tentou achar Juan
Cartaz do Disque-Denúncia do Rio que tentou encontrar Juan

A decisão é do juiz Marcio Alexandre Pacheco da Silva, do 4º Tribunal do Júri de Nova Iguaçu. A polícia poderá analisar os dados telefônicos dos suspeitos no período entre 2 de junho e 4 de julho.

No último dia 7, já havia sido decretada a quebra do sigilo de dez linhas telefônicas. Segundo o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, as 12 linhas investigadas pertencem a nove PMs.

Juan desapareceu no último dia 20 de junho, após confronto entre policiais e traficantes na favela Danon, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. O irmão dele, de 14 anos, disse ter visto Juan ferido.

O corpo do garoto foi encontrado, no dia 30 de junho, no rio Botas, em Nova Iguaçu. Inicialmente a informação da polícia era de que o corpo localizado era de uma menina, mas exames de DNA comprovaram que se tratava da criança desaparecida.

A perita que identificou o corpo como o de uma garota será alvo de sindicância. Para a polícia, ela foi "precipitada".

O IML (Instituto Médico Legal) ainda não concluiu o laudo que apontará de que forma ele foi morto. Testemunhas afirmaram à polícia que o menino levou um tiro no pescoço.

A reconstituição do caso ocorreu no último dia 9. Quatro policiais que estavam no confronto na favela Danon e outros três que auxiliaram na operação participaram dessa fase da investigação.

Na ocasião, cada um deu a sua versão para o caso e ninguém falou com a imprensa.

TESTEMUNHA

Uma dona de casa disse em entrevista ao "Jornal Nacional", da TV Globo, no dia 8 de julho, ter visto o menino Juan ser morto por policiais militares na favela Danon.

"Primeiro eles mataram um bandido. Logo após o Juanzinho saiu correndo. Eles mataram o Juan e correram atrás do irmão do Juan. O que aconteceu, eles mataram o Juan, esconderam embaixo do sofá e 30 minutos depois eles foram, apanharam o Juan e jogaram dentro da viatura", contou a testemunha, que não foi identificada.

Ainda segundo o relato da mulher, os policiais voltaram à favela no dia seguinte para queimar o sofá a fim de eliminar provas do crime. O móvel, segundo ela, tinha sido abandonado no local por um morador.

SUSPEITOS

Quatro policiais militares foram afastados das ruas e transferidos para o quartel central. Eles não estão presos, mas com a transferência deixam de receber uma gratificação de cerca de R$ 400.

Eles prestaram depoimento na Divisão de Homicídios da Baixada Fluminense no dia 5 de julho, por 13 horas. A polícia também analisa as informações do localizador via satélite instalado nos veículos da PM que estavam no local.

O advogado dos policiais diz que eles são inocentes.

O comandante-geral da PM, coronel Mário Sérgio Duarte, disse que, se ficar comprovada a culpa dos policiais, eles serão expulsos da corporação.

 

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