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30/07/2011 - 09h02

Apagão em SP foi causado por alarme falso, diz empresa

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EDUARDO GERAQUE
JOSÉ BENEDITO DA SILVA
DE SÃO PAULO

O apagão que deixou 680 mil pessoas sem luz na quinta-feira (28) em São Paulo foi provocado por um "alarme falso" dentro da subestação Milton Fornasaro, o que levou o governo de São Paulo a criticar duramente a CTEEP, empresa responsável pelo serviço.

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O problema deixou às escuras por quase uma hora parte das zonas sul e oeste da capital no início da noite e afetou até os trens do metrô.

"Não houve curto-circuito, problemas em equipamentos", diz Celso Cerchiari, diretor de operações da CTEEP (Companhia de Transmissão de Energia Elétrica Paulista), empresa privatizada em 2006, que transmite energia para a cidade.

Segundo ele, o sistema de proteção da unidade entendeu, de forma errada, que havia algum problema físico. E, assim, "desligou os transformadores de maneira automática", afirma Cerchiari.

Para o secretário de Estado de Energia, José Aníbal, o episódio é semelhante ao protagonizado pela empresa em fevereiro -mas na subestação Bandeirantes- e mostra falta de investimentos.

"Se o alarme foi falso, qual é a indicação: que o sistema de proteção aos transformadores é um sistema envelhecido, atrasado. Mostra que não houve investimentos."

Para ele, a CTEEP tem de ser severamente multada porque não há razão para não ter investido nos sistemas de segurança. "Essa empresa tem um lucro espetacular. Faturou no ano passado R$ 2,2 bilhões e teve um lucro líquido de R$ 800 milhões."

Apesar de Aníbal defender multa pesada, a prerrogativa de autuar é da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica). Em nota, a agência disse que apenas depois da chamada "reunião de análise de perturbações" poderá decidir se aplicará uma multa.

O encontro, que reunirá também o ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico) e a Eletropaulo, deve ocorrer em até 15 dias.

A capital é alimentada por 16 subestações. O gargalo está exatamente na zona sul, diz Cerchiari. A usina Piratininga 2, que deverá aliviar o fluxo de transmissão de energia para a Eletropaulo, é prometida para o início de 2012.

"Estamos trabalhando a todo o vapor para entregar pelo menos uma parte dela até o fim do ano", afirma.

 

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