Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
13/09/2011 - 18h59

Após tumulto, Rio aprova polêmico projeto para a saúde

Publicidade

RODRIGO RÖTZSCH
DO RIO

Com os votos de 4 dos 6 deputados do PT, o governo do Rio conseguiu aprovar na Assembleia Legislativa projeto de lei que autoriza que organizações sociais sem fins lucrativos possam administrar unidades de saúde do Estado. Enquanto o projeto era votado, manifestantes que tentavam forçar a entrada na Assembleia foram reprimidos pela Polícia Militar até com gás de pimenta.

A oposição do PT ao projeto chegou a colocar em risco a permanência do partido no governo de Sérgio Cabral (PMDB). Há duas semanas, o governo exonerou os secretários petistas Rodrigo Neves e Carlos Minc para que eles revertessem a posição do partido, que aprovara em reunião do diretório a decisão de votar contra o projeto, tachado de "neoliberal".

Minc e Neves foram reconduzidos aos seus cargos no mesmo dia, mas assumiram o compromisso de mudar a posição do partido, garantindo a ampla aprovação por 49 a 12.

A votação foi marcada pelo polêmico fechamento das portas da Assembleia, impedindo que servidores da saúde que se opunham ao projeto entrassem no prédio para protestar. O Batalhão de Choque da Polícia Militar foi acionado para conter os manifestantes, que chegaram a ser reprimidos pela polícia com gás de pimenta. Funcionários da Casa também relataram ter sido agredidos pelos manifestantes.

Para esses manifestantes, a nova lei é uma forma de "privatizar" a saúde e tira direitos dos servidores. O governo estadual nega, afirmando que as organizações sociais permitirão melhorar o atendimento à população sem prejuízos aos servidores nem aos cofres do governo. Esse modelo já está em vigor no Estado de São Paulo e na cidade do Rio.

Os servidores da saúde tiveram a adesão dos bombeiros, que seguem protestando por aumento de salário e voltaram a acampar nas escadarias da Assembleia. No fim da tarde, após a votação, eles decidiram marchar de lá para o Palácio Guanabara, sede do governo.

 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página