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Policiais são julgados por morte de dois homens na zona sul de SP
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DE SÃO PAULO
Quatro policiais militares serão julgados nesta quarta-feira pelos assassinatos do metalúrgico Edson Edney da Silva, 26, e do segurança Emerson Heida, 29, mortos em setembro do ano passado. O julgamento acontecerá a partir das 12h30 no 3º Tribunal do Júri do Fórum da Barra Funda, zona oeste de São Paulo.
PMs acusados por morte são inocentes, diz defesa
O tenente Mauro da Costa Ribas Júnior e os soldados Christiano Hideki Kamikoga, Wagner Ribeiro Avelino e Rafael Joinhas dos Santos estão presos desde novembro do ano passado no presídio Romão Gomes, da PM.
Segundo a Polícia Civil, os quatro mataram as vítimas e ocultaram seus corpos. Os dois amigos desapareceram em 10 de setembro do ano passado logo após darem carona para um irmão de Heida, Anderson, em um ponto de ônibus na avenida Robert Kennedy, na zona sul de São Paulo.
A dupla foi assassinada nesse mesmo dia. Seus corpos, porém, foram encontrados em dias diferentes. O de Silva foi achado carbonizado no dia 11 de setembro em um matagal em Parelheiros (zona sul de SP), mas só foi reconhecido em novembro por meio de um exame de DNA.
Já o de Heida foi encontrado incinerado no dia 23 de outubro, na mesma região, e reconhecido por um irmão por causa de uma tatuagem.
MOTIVAÇÃO
As investigações apontaram que um dos policiais se envolveu em uma briga com Heida durante uma partida de futebol, cinco anos antes do crime.
Os investigadores chegaram aos acusados porque no carro em que as vítimas estavam, um Kadett que foi achado queimado, havia restos de um ofício do 50º Batalhão, no qual o quarteto estava lotado antes de ser preso.
Com esses dados, foi feita uma varredura em uma Blazer da corporação que percorreu 170 km em um só dia, o que é incomum para os veículos do batalhão. Nele, os peritos encontraram manchas de sangue que, após análise, descobriram ser de Silva e Heida.
A partir da escala de plantão da PM do dia 10 de setembro, os investigadores chegaram ao tenente e aos três soldados.
Procurado na tarde desta terça, o advogado dos acusados não atendeu às ligações da Folha. No processo, os quatro réus afirmaram que não mataram Heida e Silva.
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