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16/09/2011 - 23h25

Festa dos mil dias da Copa tem protesto de professores e tumulto em MG

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PAULO PEIXOTO
DE BELO HORIZONTE
BERNARDO ITRI
ENVIADO ESPECIAL A BELO HORIZONTE

A Polícia Militar em Belo Horizonte atirou bombas de efeito moral contra professores que protestavam em frente ao Palácio da Liberdade, sede do governo mineiro, no início da noite desta sexta-feira.

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No local, acontecia a contagem regressiva dos mil dias para a Copa-2014.

Por causa do tumulto, a festa ficou restrita à parte interna do palácio e aos convidados do governo --dentre os quais o presidente da CBF (Confederação Brasileira de Futebol), Ricardo Teixeira, e o ministro dos Esportes, Orlando Silva Jr.

Do lado de fora do palácio, professores em greve vaiavam as autoridades. O entorno do palácio foi fechado.

A PM tentou dispersá-los com bombas de efeito moral e usou até cinco ônibus em frente ao portão do palácio como uma espécie de barreira para dificultar o campo de visão dos professores, que estão há 101 dias em greve.

Os professores reivindicam o piso nacional, estabelecido por lei federal, que tem o valor fixado em R$ 1.187 para 40 horas semanais. Como Minas paga aos professores por 24 horas semanais, o governo estadual ofereceu o piso de R$ 712, valor proporcional ao piso nacional.

A PM não quis estimar o número de professores que estavam protestando em frente à sede do governo mineiro.

Durante o dia, antes da ação da PM, os professores se acorrentavam entre eles, como forma de protesto contra o governo estadual.

O relógio da contagem regressiva, que deveria ficar na praça, foi levado para dentro do palácio, onde os convidados do governador Antonio Anastasia (PSDB) participavam de um jantar no jardim.

Não houve feridos. Por volta da 21h30, os professores deixaram o local.

A Justiça determinou nesta sexta-feira que os professores estaduais de Minas voltem ao trabalho.

A 2ª Câmara do Tribunal de Justiça acatou pedido do Ministério Público Eleitoral e considerou a greve ilegal. Imediatamente após a decisão, o setor jurídico do sindicato da categoria começou a preparar um mandado de segurança para tentar derrubar essa decisão.

Em caso de descumprimento, a Justiça determinou o pagamento de multa de R$ 20 mil pelo primeiro dia de continuidade do movimento, a contar de segunda-feira (19), R$ 30 mil pelo segundo dia, R$ 40 mil pelo terceiro e R$ 50 mil pelo dias seguintes --limitando o total a R$ 600 mil.

 

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