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Universidade convoca ato de repúdio após morte de aluno africano
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RODRIGO VARGAS
DE CUIABÁ
A UFMT (Universidade Federal de Mato Grosso) convocou para segunda-feira (26) um ato de repúdio à violência em Cuiabá para lembrar do episódio de espancamento e morte do aluno de economia Toni Bernardo da Silva, 27, ocorrido na semana passada em uma pizzaria perto da instituição.
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Policiais são suspeitos de agredir africano até a morte
Devem participar da mobilização entidades estudantis e de defesa dos direitos humanos, além de representantes de sindicatos, Ministério Público e da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil).
Natural da Guiné-Bissau, Silva vivia em Mato Grosso desde 2006 e, até fevereiro deste ano, integrava um grupo de intercambistas selecionados por meio do PEC-G (Programa de Estudantes-Convênio de Graduação, parceria entre o MEC e o Itamaraty) para estudar na UFMT.
"A violência de que foi vítima o ex-estudante de Economia da UFMT, Toni Bernardo, da República da Guiné Bissau, ex-integrante do programa de mobilidade internacional PEC-G, exige punição dos responsáveis e reflexões sobre a cultura da paz", afirmou a universidade por meio de nota.
Segundo a Polícia Civil, o estudante envolveu-se em uma briga com o empresário Sérgio Marcelo Silva da Costa, 27, que estava com a namorada na pizzaria.
Dois outros clientes, os policiais militares Higor Macell Mendes Montenegro, 24, e Wesley Fagundes Pereira, 24, ajudaram a imobilizar o estudante, que passou, segundo a versão da polícia, a ser agredido a socos e pontapés. Ele morreu no local.
Os três suspeitos foram presos em flagrante e indiciados sob suspeita de homicídio doloso. À polícia, disseram que apenas tentaram imobilizar o estudante, que aparentava estar "embriagado ou sob efeito de drogas."
Um laudo preliminar do IML (Instituto Médico Legal) diz que Toni morreu por asfixia decorrente de ruptura na traqueia.
DESCULPAS
No sábado (24), o ministro Antônio Patriota (Relações Exteriores) apresentou, em nome do governo brasileiro, um pedido formal de desculpas a representantes do governo da Guiné-Bissau.
Em nota, o governo disse "lamentar profundamente" o ocorrido e manifestou "condolências à família do estudante" e "repúdio a toda forma de violência". "As responsabilidades pelo crime serão devidamente apuradas", diz a nota.
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