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Artistas e jogadores donos de carro de luxo negam elo com quadrilha
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FERNANDO MAGALHÃES
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DO RIO
Jogadores de futebol e artistas que compraram carros de uma suposta quadrilha de contrabando de automóveis de luxo negaram envolvimento com a atividade criminosa.
Ação da PF também investiga jogadores e artistas
De acordo com a PF (Polícia Federal), a quadrilha importava carros usados dos EUA, o que é ilegal, e os revendia como novos. O objetivo seria lavar dinheiro obtido com a exploração de máquinas caça-níqueis e outras contravenções.
Divulgação/PF |
Polícia apreende dinheiro na casa de um dos presos, no Rio |
Na sexta (7), a PF prendeu 13 pessoas e aprendeu 35 automóveis em operação contra o grupo. No Rio, três concessionárias na Barra da Tijuca (zona oeste) estariam envolvidas.
Um dos jogadores citados, o atacante Diguinho, do Fluminense, disse em nota que seu carro, um BMW X5, "está com a documentação em total legalidade" e deve ser devolvido no início da semana. O veículo foi levado pela PF para análise.
Kleberson, do Atlético Paranaense, também disse em nota desconhecer "qualquer irregularidade relativa" ao seu Hummer preto, comprado em abril do ano passado. O sogro do jogador, Marco Antonio Silva, disse à Folha que Kleberson ficou surpreso com a operação. "Ele recebeu nota eletrônica de sua compra. Aparentemente, era uma loja conceituada."
O advogado do cantor Latino, Bruno Pinho Gomes, disse que seu cliente nunca teve envolvimento com comércio irregular. "A compra do carro foi feita num local onde pessoas vão de boa fé, sem saber que pode haver pessoas envolvidas em negócios ilícitos", afirmou. O automóvel de Latino não chegou a ser apreendido, segundo o advogado.
O cantor Belo também se pronunciou por meio do advogado, Ivo Peralta. Em nota, Peralta disse que Belo nunca "esteve envolvido em qualquer negociação envolvendo importação de automóveis de luxo" e repudiou a "absurda tentativa de vincular" o nome do cantor com a operação da PF.
Segundo o advogado, o cantor teve a preocupação de procurar uma "loja conceituada" e recebeu "toda a documentação de regularidade dos órgãos nacionais que fiscalizam e efetuam o cadastro de veículos". Belo comprou seu carro numa das concessionárias investigadas, mas não teve seu carro apreendido.
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