Chegada de mais 14 contêineres em PE não é confirmada

A Receita Federal informou nesta sexta-feira, em Recife (PE), que não foi confirmada a chegada de mais 14 contêineres supostamente importados dos EUA pela mesma empresa que comprou 46 toneladas de produtos classificados como lixo hospitalar americano.

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Segundo a Receita, o sistema de comércio exterior foi consultado, e a chegada dos contêineres ao porto de Suape (a 60 km de Recife) não foi confirmada.

O anúncio de que a carga estava a caminho de Pernambuco foi feita pela própria Receita na sexta-feira (14), com previsão de chegada de aproximadamente uma semana.

À época, o inspetor-chefe da alfândega da Receita em Suape, Carlos Eduardo Oliveira, disse que o conteúdo dos contêineres era desconhecido e que a transportadora poderia fazer essa declaração até poucos dias antes de o navio atracar.

A confecção responsável pela importação dos dois contêineres apreendidos no porto é a Império do Forro de Bolso, de Santa Cruz do Capibaribe (205 km de Recife). Três lojas e depósitos da empresa que estocavam lençóis e tecidos com nomes de hospitais americanos foram interditados.

O dono da empresa, Altair Moura, nega ter importado lixo hospitalar. Segundo ele, a carga que está em Suape não é a comprada por ele. Moura afirma ter encomendado tecido limpo de algodão.

Os documentos de importação indicam que os produtos seriam "tecido de algodão com defeito". Os peritos, entretanto, encontraram nos dois contêineres lençóis sujos com logomarcas e nomes de hospitais americanos, além de seringas, luvas e drenos usados.

O empresário também nega que os tecidos encontrados nas suas lojas sejam lixo hospitalar. Amostras foram recolhidas pela Vigilância Sanitária de Pernambuco e enviadas para exames no Instituto de Criminalística do Estado.

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