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Acampamento no vale do Anhangabaú completa uma semana
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MARIANA DESIDÉRIO
DE SÃO PAULO
O acampamento em São Paulo de manifestantes inspirados no movimento americano "Ocupe Wall Street" e no espanhol "Indignados" completa uma semana neste sábado. Eles estão instalados no vale do Anhangabaú, embaixo do viaduto do Chá, no centro da cidade, desde 15 de outubro, quando manifestações semelhantes aconteceram em 950 cidades, em 82 países. A ideia é continuar ali por tempo indeterminado.
Veja fotos do acampamento
Em SP, ato mundial contra a crise global ocupa o viaduto do Chá
As causas do movimento são várias -contra Belo Monte, contra remoção de famílias para obras da Copa e das Olimpíadas, contra concessões "fraudulentas" de rádio e TV no Brasil. A favor de 10% do PIB para a educação, transporte gratuito, legalização do aborto, dentre outras. Eles acreditam na democracia direta.
As assembleias são quase diárias. As discussões em grupo também. Outra constante são os encontros com a Polícia Militar e a GCM (Guarda Civil Metropolitana). Uma das principais "brigas" era em relação à colocação de cartazes no espaço. Na quinta-feira, a prática foi liberada pela Justiça.
"Não se vê razão para proibição de faixas, cartazes ou qualquer outra manifestação escrita", diz a decisão, da juíza Simone Viegas de Moraes Leme, da 8ª Vara de Fazenda Pública de São Paulo.
Mariana Desidério/Folhapress | ||
Acampamento de manifestantes no vale do Anhangabaú completa uma semana |
A decisão, entretanto, vetou o uso de barracas no acampamento, pois, segundo a juíza, transformaria a manifestação em ocupação de espaço público. Por isso, os manifestantes dormem em sleeping bags. O viaduto protege o grupo da chuva, mas com o frio não tem jeito. Alguns trazem cobertores e blusas de casa, outros ficam com as mantas doadas pelos simpatizantes da causa
Durante todo o dia, um grupo fica responsável pela segurança do local. Segundo Nina Adorno, 24, uma das acampadas, já aconteceram furtos.
Para ir ao banheiro à noite, eles fazem comboios até estabelecimentos próximos. Segundo os manifestantes, a prefeitura não autorizou o uso de um banheiro seco (com serragem).
A comida é toda doada e, segundo Nina, não falta alimento. Ela conta que o movimento decidiu não sustentar ninguém". Alguns moradores de rua -presentes aos montes no vale do Anhangabaú- chegaram, se interessaram e agora também fazem parte.
Nina é formada em jornalismo, está desempregada e vivia em Campinas com a família quando soube da movimentação para o acampamento. Veio para São Paulo ajudar a organizar e está na ocupação desde o início.
"Estou aqui porque acredito muito nisso. Estava mais do que na hora de São Paulo ter um movimento assim, de possibilidade de aprofundamento de ideias. Democracia direta é a possibilidade que as pessoas se organizem", diz.
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