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Ribeirão Preto

12/06/2012 - 08h00

Após confrontos, organização da Feira do Livro de Ribeirão Preto culpa PM

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GABRIELA YAMADA
DE RIBEIRÃO PRETO

A presidente da Fundação Feira do Livro de Ribeirão Preto (313 km de Ribeirão Preto), Isabel de Faria, afirmou que faltou policiamento durante a última edição do evento, que terminou na semana passada com um saldo de três confrontos entre adolescentes e a Polícia Militar.

"É preciso melhorar a segurança. Os policiais deveriam fazer um cerco melhor nas ruas de acesso ao evento", afirmou Isabel durante entrevista coletiva realizada ontem na prefeitura.

Em nota, a PM informou que se reuniu com a presidente e que houve "apoio incondicional" da corporação.

Os tumultos aconteceram durante a noite. O primeiro deles ocorreu após uma discussão que começou dentro do Theatro Pedro 2º.

Os outros dois foram registrados depois dos shows, o que provocou críticas contra a realização de apresentações musicais em evento literário.

"Houve uma tentativa de desestabilização da feira. Eu acho que não se deve tirar o show e sim, montar uma estrutura mais organizada, com shows que terminem às 22h".

De acordo com a presidente, a Fundação cogita levar shows para dentro dos Estúdios Kaiser de Cinema.

Márcia Ribeiro - 3.jun.2012/Folhapress
Pessoas caminham em corredor da Feira do Livro de Ribeirão Preto
Pessoas caminham em corredor da Feira do Livro de Ribeirão Preto

Isabel também criticou o fato de bancas de revistas e bares do centro venderem bebidas alcoólicas a adolescentes nos 11 dias do evento.

"Alguém tinha que fazer isso parar. A fundação não pode dar conta de tudo", disse ela, ao lado da prefeita Dárcy Vera (PSD) --a administração municipal é uma das responsáveis pela fiscalização de consumo de bebida alcoólica por menores de idade.

Depois da entrevista, o secretário Luchesi Júnior (Casa Civil) afirmou que Isabel deveria ter denunciado o caso à prefeitura. "Pelo que sei, não recebemos nada", afirmou.

Isabel foi taxativa em dizer que todas as atividades da feira continuarão gratuitas.

PESQUISA

Por causa da repercussão dos tumultos na feira, a fundação contratou por R$ 10 mil a empresa Factual Pesquisas, de São Carlos, para saber se a população apoia a realização de shows musicais na edição do ano que vem.

A pesquisa, que será finalizada na semana que vem, começou a ser feita na feira.

OUTRO LADO

Em nota enviada à Folha, o porta-voz da Polícia Militar, capitão Maurício Rafael Jerônimo de Melo, evitou confrontar a crítica feita pela presidente da Fundação Feira do Livro, Isabel de Faria, sobre o policiamento.

"Tenho certeza de que não houve por parte dela ou da fundação uma colocação em que se observa qualquer tipo de inconformidade nos trabalhos relativos à Feira do Livro de 2012", informou.

De acordo com a nota, a PM se reuniu com a presidente "e o que restou foi apoio incondicional" para que a edição do ano que vem seja "melhor", "promova a inclusão e fomente a cultura".

Ainda segundo a nota, a PM "representa apenas um elo de toda a engrenagem de organização e segurança pública" da feira.

"Nos oferecemos para que no ano vindouro todas as reuniões de planejamento e apoio de coordenação sejam efetuadas em nosso prédio", informou o capitão.

 

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