Morre docente da USP de Ribeirão que aplicou o látex na medicina

Um dos pioneiros no Brasil na pesquisa da aplicação na medicina do látex extraído da seringueira morreu nesta terça-feira (11) em Ribeirão Preto (313 km de São Paulo).

O médico e bioquímico Joaquim Coutinho Netto, do Departamento de Bioquímica da Faculdade de Medicina da USP de Ribeirão, lutava contra um câncer no aparelho digestivo.

Nascido em um distrito de São José do Rio Preto, Coutinho Netto formou-se biomédico e médico em Ribeirão e é docente da USP desde a década de 70. Em sua carreira, pesquisou neurotoxinas, entre elas as que afetam e desencadeiam quadros de epilepsia, o que ajudou a compreender melhor a doença.

Mas o maior destaque ocorreu no final dos anos 90, quando passou a estudar os componentes do látex. De uma pesquisa para criar uma prótese para esôfago, ele descobriu que o látex tinha propriedades cicatrizantes.

A partir daí, a pesquisa foi aprimorada e Coutinho Netto conseguiu patentear uma pomada cicatrizante, hoje disponível no mercado.

O enterro está programado para ocorrer no final da tarde desta quarta-feira (12) no cemitério da Saudade.