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Ribeirão Preto

26/09/2012 - 06h27

Hospital de Câncer de Barretos (SP) recorre a bancos para seguir em Rondônia

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DE RIBEIRÃO PRETO

O Hospital de Câncer de Barretos em Porto Velho (RO), inaugurado há quase três meses, ainda não recebeu os pagamentos da verba de manutenção, que gira em torno de R$ 1,4 milhão por mês.

Com a falta do pagamento, que deveria ser feito pela Secretaria de Estado da Saúde de Rondônia, o hospital teve de recorrer a empréstimos bancários para garantir o salário de funcionários, medicamentos e despesas de manutenção.

"Viemos para Rondônia com a intenção de ajudar, e não caçar dor de cabeça", afirmou o diretor-geral do hospital, Henrique Prata, que estava em RO nesta terça-feira (25).

Segundo ele, por mês são atendidos uma média de 800 pacientes que, até julho, se deslocavam até Barretos para o tratamento de câncer.

Prata afirmou que durante 60 dias cobrou o Estado pelos pagamentos, sem ter tido retorno da secretaria sobre a data que seria feito o acerto.

O fato, disse ele, tirou o estímulo de levar para Porto Velho novas parcerias --entre elas, estava prevista a ida de uma carreta de diagnóstico para a realização de exames gratuitos de prevenção por todo o Estado.

O casos seriam mapeados e depois, encaminhados até a unidade de Rondônia.

No mês passado, o Instituto Avon fez a doação de R$ 1,7 milhão para uma parceria com a Fundação Pio XII, que administra o hospital, e o governo do Estado de Rondônia, para promover a detecção precoce do câncer de mama de 49 mil mulheres.

Márcia Ribeiro-5.jan.2012/Folhapress
Montagem de carreta do Hospital de Câncer de Barretos que realiza atendimento móvel
Montagem de carreta do Hospital de Câncer de Barretos que realiza atendimento móvel

'INGRATIDÃO'

"É uma ingratidão de um secretário de Saúde totalmente irresponsável. Estamos vivendo um verdadeiro drama e ele não está nem aí para isso", afirmou Prata.

Apesar do problema financeiro, Prata descartou a possibilidade do fechamento da unidade em Rondônia e disse que, por enquanto, não deverá denunciar o caso a nenhum órgão, como o Ministério Público.

O secretário de Estado da Saúde, Gilvan Ramos, foi procurado no gabinete e por celular, mas não foi encontrado.

Sua assessoria informou que o contrato entre a secretaria e o hospital foi finalizado na última sexta-feira.

Por causa disso, de acordo com a assessoria, os valores em débito foram creditados e deverão ser pagos até a sexta-feira desta semana.

O hospital em Rondônia completa três meses em 10 de outubro. Com um total de 22 leitos, oferece, além dos exames preventivos, os serviços de quimioterapia e cirurgias.

Segundo a secretaria, para a construção do hospital foram gastos R$ 4 milhões --25% da iniciativa privada.

 

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