Duas ambulâncias do Samu estão na oficina desde 2011 em Ribeirão Preto

Duas ambulâncias da frota do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) de Ribeirão Preto (313 km de São Paulo) estão paradas à espera de conserto em uma oficina mecânica da cidade desde o ano passado.

De acordo com o proprietário do pátio onde os veículos estão estacionados, as duas ambulâncias aguardam reparos há cerca de um ano.

• Prefeitura de Ribeirão Preto diz que veículos são de frota reserva

A prefeitura afirma que apenas uma está parada no local desde o ano passado.

Nos dois casos, os veículos deixaram de ser utilizados porque precisavam passar por retífica nos motores.

A administração argumenta que a demora no conserto dos veículos ocorre por dificuldade na reposição de peças dos furgões --ambos são modelo do Master, da Renault.

Procurada pela Folha, a montadora negou que haja falta de peças para o modelo.

	Edson Silva/Folhapress
	Ambulância do Samu parada à espera de conserto em oficina, em Ribeirão Preto

A Prefeitura de Ribeirão afirma ainda que os veículos são de reserva e que, por isso, a demora no conserto não está causando problemas ao atendimento dos pacientes.

As duas ambulâncias estão no pátio da oficina Euridiesel, na Vila Carvalho, próxima à avenida Mogiana.

O proprietário do local, Eurípedes Nogueira de Souza Junior, afirmou que somente aluga o espaço em seu pátio para outro empresário do setor, Roberto Nayme, da oficina Auto 13.

Os dois veículos, que têm nas latarias as numerações 274 e 275, ambos com placas de Ribeirão Preto, estão sobre cavaletes --eles tiveram as rodas dianteiras retiradas para que fosse possível fazer a remoção dos motores.

Apenas uma das vans está em local coberto. Dentro dos furgões, equipamentos usados no socorro às vítimas, como cilindros de oxigênio e macas, estão misturados a peças que foram desmontadas dos dois veículos.

Souza Junior disse que a demora no conserto das ambulâncias também causa dificuldades para ele, já que os veículos ocupam espaço.

PEÇAS

Dono da Auto 13, Nayme disse à Folha que o conserto dos veículos demorou porque ele não conseguiu encontrar com facilidade peças para os motores das ambulâncias.

"Estamos aguardando peças porque nós não estamos encontrando as peças do sistema de módulo [dos motores]da Renault", afirmou o dono da oficina.

"Já fiz o pedido de peças, provavelmente uma chega agora", disse.

De acordo com ele, com a entrega das peças, ao menos uma das ambulâncias deve ser liberada à Secretaria da Saúde de Ribeirão Preto em cerca de 15 dias.

A outra ambulância, segundo o mecânico, também pode voltar a operar em aproximadamente um mês.

Ele negou que a demora tenha vínculo com falta de pagamento pelos serviços por parte da prefeitura.

'SEM FALTA'

Procurada por meio de sua assessoria de imprensa, a Renault informou que não existe falta de peças para o modelo Master no país.

Já o Ministério da Saúde informou que as prefeituras são responsáveis pela manutenção dos veículos do Samu e que, por isso, o órgão federal não tem controle sobre a frota do serviço de urgência.