Empresariado de Ribeirão Preto (SP) se diz descontente com campanha eleitoral

As prioridades dos candidatos à Prefeitura de Ribeirão Preto (313 km de São Paulo) voltadas para o desenvolvimento social, sem a discussão de plano econômico, têm gerado descontentamento do setor empresarial.

"No primeiro turno relevamos, porque eram muitos candidatos. Mas acreditávamos que neste segundo turno propostas para o setor seriam discutidas", afirmou José Carlos Carvalho, presidente da Acirp (Associação Comercial e Industrial de Ribeirão Preto).

Carvalho afirmou que a entidade entregou a Dárcy Vera (PSD) e Antonio Duarte Nogueira Junior (PSDB) um documento com dados econômicos da cidade e sugestões de propostas, que até o momento não foram discutidas.

Ele afirma que a cidade não possui uma política de incentivo para novas empresas e que o marketing eleitoral "mascara a realidade".

"O fato é que não há desenvolvimento social sem desenvolvimento econômico", diz.

Já Eduardo Amorim, diretor do Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo), afirmou que há falta de uma gestão de qualidade.

Ele disse que o foco principal a ser resolvido em Ribeirão é a burocracia que costuma emperrar a abertura de novas empresas na cidade.

"Falta suporte para os empresários de todos os setores e portes, e isso não foi levantado [na campanha]", disse.

Presidente executivo da Amarribo Brasil, o advogado Jorge Sanchez também criticou a ausência de propostas e discussões na área econômica e empresarial.