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Ribeirão Preto

28/10/2012 - 05h32

Franca pode eleger neste domingo o primeiro apoiado por prefeito

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ARARIPE CASTILHO
DE RIBEIRÃO PRETO

Pela primeira vez em sua história, Franca (400 km de São Paulo) pode eleger neste domingo (28) um candidato a prefeito apoiado pelo chefe do Executivo municipal em exercício.

Desde o início das eleições municipais diretas no Brasil, no final da década de 1940, a população francana jamais escolheu um sucessor de prefeito indicado pelo ocupante do cargo, segundo o historiador aposentado da Unesp José Chiachiri Filho.

Neste domingo, o candidato do prefeito Sidnei Franco da Rocha (PSDB), o veterinário Alexandre Ferreira (PSDB), é quem aparece à frente nos levantamentos de intenção de votos realizados pelo Ibope.

Ele tem 59% dos votos válidos, segundo pesquisa divulgada nesta sexta-feira (26) pelo instituto. Já a candidata da oposição ao atual governo, a delegada Graciela Ambrósio (PP), tem 41% --margem de erro de quatro pontos percentuais, para mais ou menos.

Caso ocorra uma reviravolta e as urnas contrariem as últimas pesquisas, porém, a cidade manterá sua tradição de sempre escolher candidatos da oposição ao grupo que está no poder no município.

"Historicamente, sempre faltou competência política, de oratória inclusive, para os prefeitos conseguirem eleger seus indicados à sucessão", afirmou Chiachiri.

O próprio Sidnei, que neste domingo pode fazer o seu sucessor, é parte da história recente de sucessões oposicionistas.

O ex-prefeito Maurício Sandoval Ribeiro, eleito em 1976 pelo extinto Arena, não conseguiu eleger candidato do PDS --sucessor da Arena-- em 1982. Na época, as legendas podiam lançar mais de um concorrente a prefeito.

A eleição foi vencida por Sidnei, que estava no PMDB naquele ano. O candidato do seu partido na eleição seguinte (1988) era Roberto Engler, que foi derrotado na ocasião por Sandoval Ribeiro, o adversário de Sidnei que retornava ao cargo, agora no PTB.

Quatro anos depois, o PMDB regressou ao poder em Franca, desta vez com Ary Balieiro, hoje vice de Sidnei.

Em 1992, Balieiro era candidato de oposição a Sandoval Ribeiro, diz Chiachiri Filho. O PTB, que elegeu o prefeito anterior, não lançou nome próprio naquele ano.

A eleição de 1996 foi vencida pelo PT, com Gilmar Dominici, também oposição ao governo da época.

Ele, reeleito no ano 2000, tentou fazer um sucessor em 2004. Naquele ano, porém, seu candidato, Cassiano Pimentel, ficou em terceiro na disputa, atrás de Marco Aurélio Ubiali (à época PMDB) e de Sidnei, eleito pelo PSDB e reeleito quatro anos depois.

Neste domingo, Sidnei pode quebrar o tabu de certa forma dele mesmo, de nunca emplacar um nome com o discurso de "continuidade" à administração. Ou não --caso Graciela reverta o quadro e supere o candidato da situação.

 

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