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Ribeirão Preto

21/11/2012 - 05h00

Falta de ônibus prejudica alunos da zona rural de Bonfim Paulista (SP)

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DANIELA SANTOS
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DE RIBEIRÃO PRETO

Falhas no transporte bancado pela Prefeitura de Ribeirão Preto (313 km de SP) têm prejudicado o desempenho escolar de crianças e adolescentes que vivem em áreas rurais da cidade.

O problema, que ocorre principalmente em dias chuvosos e quando os micro-ônibus usados para o transporte quebram --o que, segundo os pais, é frequente--, atinge pelo menos 22 alunos que estudam de manhã e à tarde em Bonfim Paulista, distrito de Ribeirão. Ao todo, 120 estudantes usam os veículos.

Há casos de alunos que perdem aulas, provas e até ficam de recuperação nas escolas estaduais Francisco da Cunha Junqueira e Professora Cordélia Ribeiro Ragozo.

Márcia Ribeiro/Folhapress
Lucas Guilherme dos Santos, que já perdeu quatro dias seguidos de aula, em estrada de Bonfim, em Ribeirão
Lucas Guilherme dos Santos, que já perdeu quatro dias seguidos de aula, em estrada de Bonfim, em Ribeirão

Procurada, a prefeitura disse que vai marcar uma reunião hoje sobre o problema.

Segundo pais ouvidos pela Folha, os veículos --alguns com pneus lisos demais-- quebram pelo menos três vezes por mês, o que significa a perda de 30 dias de aulas.

Por viverem em áreas rurais, esses estudantes dependem dos ônibus escolares. Só a distância entre suas casas e as porteiras das fazendas onde moram chega a 5 km e por estrada de terra.

Em dias chuvosos a situação se agrava, pois os ônibus não conseguem chegar sequer até as porteiras devido às más condições das vias.

O lavrador Fabiano Rodriguez dos Santos, 37, é pai de cinco crianças que estudam no período da manhã.

Com chuva, eles têm de acordar mais cedo, o que gera atrasos e, consequentemente, perdas das aulas. "Quando perdemos o ônibus, muitas vezes, não dá para levá-los à escola. A gente trabalha no campo e deve explicação aos patrões."

Uma das filhas de Santos, que está na 6ª série, perdeu a prova de ciências com a chuva que atingiu a cidade na semana retrasada. Outros 11 alunos também não conseguiram chegar à sala de aula.

SEM REFORÇO

Larissa Aparecida Rodrigues dos Santos, 14, ficou ainda sem uma prova de matemática no último dia 3. Ela disse que já está com 22 faltas por causa do problema. "A gente deixa de aprender."

Segundo ela, a perda de provas e as faltas deixam alguns colegas da zona rural de Bonfim de recuperação. Aí se dá outro problema, pois os ônibus pagos pela prefeitura não atuam aos finais de semana, quando ocorrem o reforço nas escolas.

 

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