PMs negam envolvimento em ataques na zona norte em Ribeirão Preto

Dois policiais militares suspeitos de participar dos ataques que deixaram quatro mortos no dia 19 de outubro na zona norte de Ribeirão Preto (313 km de São Paulo) prestaram depoimentos nesta quarta-feira (28) na DIG (Delegacia de Investigações Gerais) e negaram envolvimento no caso.

Os PMs estiveram na delegacia em horários diferentes. O primeiro foi ouvido às 9h50 e o segundo, às 12h.

Eles disseram que estavam de folga no dia das ocorrências e afirmaram que as imagens internas do supermercado onde fazem "bico" comprovam a versão.

Os policiais trabalham na área do Quintino Facci 2 há pelo menos dez anos e disseram que os históricos de prisão de traficantes e apreensão de armas e drogas podem ter motivado as denúncias contra ambos. Eles afirmaram que não conheciam as vítimas dos homicídios.

De acordo com o delegado Ricardo Turra, do setor de homicídios da DIG, os policiais militares foram intimados depois que moradores dos bairros onde os crimes aconteceram os indicaram como participantes nos casos.

"Não temos provas ou testemunhas que confirmem a presença dos policiais nos atentados", afirma Turra.

ATAQUES

Os atentados em que os policiais militares são indicados como suspeitos aconteceram no dia 19 de outubro nos bairros Quintino Facci 2 e Avelino Palma, na zona norte. Na ocasião, quatro pessoas morreram e três ficaram feridas.

Os ataques ocorrem em meio a uma onda de violência registrada no Estado e na região de Ribeirão.

No Avelino Palma, dois rapazes chegaram em uma motocicleta e o homem que estava na garupa desceu do veículo com um revólver em cada mão e atirou contra pessoas que estavam na rua --um morreu e outro ficou ferido.

Outro caso ocorreu em frente a um depósito de bebidas no Quintino Facci 2. Segundo a Polícia Civil, dois homens chegaram em uma moto atirando contra pessoas que estavam em um bar. No local, três morreram e mais dois ficaram feridos.